22 de dezembro de 2025
BRASIL&

'Ele queria me matar': mulher pula 7 metros para fugir de marido

Por Da Redação | Contagem
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo pessoal
Jhenipher Sabriny de Oliveira

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga uma tentativa de feminicídio ocorrida em fevereiro deste ano em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A vítima, Jhenipher Sabriny de Oliveira, 31 anos, empresária, sobreviveu ao desespero de saltar do sétimo andar de um edifício para fugir do companheiro, que a ameaçava com uma faca. O suspeito, de 32 anos, segue foragido, com mandado de prisão expedido em 10 de junho.

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De acordo com o relato da empresária à polícia, o episódio ocorreu após o marido exigir a retirada de R$ 10 mil da conta da empresa do casal. Jhenipher recusou, alegando que o dinheiro era destinado a despesas do negócio. Irritado, o homem, que estaria sob efeito de drogas, tornou-se violento. Em casa, agarrou uma faca e passou a ameaçá-la de morte. Aproveitando um momento de distração dele, a vítima pulou pela janela, fraturando braços e pernas na queda de aproximadamente sete metros.

Socorrida por vizinhos, Jhenipher foi levada pelo agressor ao hospital em um carro particular, mas conseguiu alertar uma viatura da Polícia Militar ao estender o braço ferido pela janela do veículo. No Hospital UPA Ressaca, onde ficou internada por 12 dias, o suspeito impediu que familiares a visitassem, mantendo-a sob vigilância. "Tive medo de denunciar antes. Sabemos que, muitas vezes, as vítimas não são protegidas a tempo", desabafou a empresária em entrevista.

Ela relatou ainda que omitiu a agressão durante a internação por temer represálias. Desde o ocorrido, realiza tratamento contínuo e depende de medicamentos para controlar dores crônicas. O caso foi registrado no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e na PCMG, que buscam localizar o suspeito.

Em nota, a PCMG reforçou que o feminicídio, crime previsto na Lei Maria da Penha (Lei 13.104/2015), configura homicídio qualificado por violência doméstica ou discriminação de gênero. A corporação orienta vítimas a acionar a polícia imediatamente por meio do 190 ou da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).

Com informações do g1 Minas