Morreu, na manhã desta segunda-feira (17), o tenente-coronel Carlos Miranda, conhecido como o “Vigilante Rodoviário”, o primeiro super herói brasileiro de uma série de televisão. O ator e oficial faleceu em São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, aos 91 anos.
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Em um post nas redes sociais, o Policiamento Rodovia?rio da Polícia Militar do Estado de São Paulo lamentou, com profunda tristeza, o falecimento de Carlos Miranda. O velório está sendo realizado nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo, aberto ao público. O sepultamento será na terça-feira (18), às 10h, no Mausoléu da Polícia Militar, situado no Cemitério do Araçá.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também se despediu, “com o coração cheio de gratidão”, do tenente coronel Carlos Miranda, o eterno ‘Vigilante Rodoviário’.
“Ele foi muito mais que um ator, foi inspiração para gerações de policiais rodoviários federais, um símbolo de coragem e justiça que moldou o que somos hoje. Sua memória, eternizada na TV brasileira, continuará a iluminar nossos caminhos”, disse a corporação, em nota.
“Neste momento, oferecemos nosso apoio e solidariedade à família, amigos e fãs. Que Deus conforte seus corações e que o legado de Miranda, o homem que personificou a bravura e a dedicação à segurança nas estradas, inspire todos nós a seguir em frente com a mesma paixão e compromisso.”
Carlos Miranda foi ator do primeiro seriado produzido especialmente para a televisão em toda a América Latina. Ele nasceu em São Paulo, no dia 29 de julho de 1933. No começo de sua carreira, trabalhou como cantor de circo e parques de diversões aos 15 anos. Algum tempo depois, ele começou a participar de grupos de teatro e fez curso de ator.
O primeiro episódio d’O Vigilante Rodoviário foi ao ar em março de 1961, na Rede Tupi. No primeiro mês de exibição, disparou na frente dos concorrentes e se tornou o campeão de audiência. A série foi transformada em um filme de longa metragem, unindo quatro episódios e em seguida mais quatro.
Como o orçamento da produção era apertado, foram convidados a fazer parte do filme atores em início de carreira como: Fulvio Stefanini, Rosamaria Murtinho, Ari Fontoura, Stenio Garcia, Juca Chaves, Ari Toledo, Toni Campelo, Milton Gonçalves, Luis Guilherme, entre outros.
Para interpretar o personagem do Vigilante, Carlos havia feito a escola de Policiais Rodoviários em Jundiaí. Quando a série acabou, em 1962, ele foi convidado pelo então Comandante Geral da Força Pública, general de Exército João Franco Pontes, para ingressar na carreira de policial. Depois de 25 anos na polícia e tendo feito todos os cursos na corporação, em 1998 passou para a reserva como tenente coronel.
Em 2017 foi inaugurado o acervo do Comando de Policiamento Rodoviário que eterniza o nome do “Vigilante Rodoviário” e parte de toda a sua história.
* Com informações do portal Metrópoles