Sinal vermelho.
Parada no tempo, Taubaté vive uma história recente marcada por sinais vermelhos sucessivos no caminho do progresso.
São dívidas acumuladas de milhões de reais, serviços essenciais com baixa efetividade e problemas de infraestrutura, administração e segurança. Em resumo: de acordo com indicadores independentes, o município derrapa, principalmente no que se refere à qualidade dos serviços públicos, especialmente na saúde. Esse é o raio-x da cidade para 2025.
Mas do alto dos seus 379 anos, a tradicional cidade do Vale do Paraíba tem um imenso potencial, e a administração municipal trabalha para despertá-lo. Antes, é preciso sair da UTI.
O valor entre dívidas e acordos já bateu em R$ 1,1 bilhão (veja abaixo), valor que se aproxima de um orçamento anual da cidade.
E 2025 já é um ano bastante desafiador para o governo: R$ 446 milhões em dívidas vencidas até 31 de dezembro de 2024 mais R$ 195 milhões de dívidas e acordos só para 2025, o que dá um total de R$ 641 milhões, 38% do orçamento já revisado. O fosso financeiro atrapalha a cidade, pois prejudica o tempo de resposta da Prefeitura para situações emergenciais e serviços essenciais, como saúde, educação, entre outros. Além disso, a dívida é dinheiro que não gera valor para a sociedade, para os taubateanos.
Ao longo do tempo, Taubaté estimou mal a receita e gastou mais do que arrecadou, e isso virou uma bola de neve.
O município projeta maneiras de reduzir as despesas e fazer a conta caber dentro do orçamento, para tirar a cidade do sinal vermelho.
A crise financeira, deixada de herança ao longo dos anos, afeta diretamente o dia a dia da população, em diversas áreas, que sofrem com escassez de recursos, baixa efetividade dos serviços e queixas.
Saúde, educação, infraestrutura urbana, manutenção da cidade, segurança pública, transportes, esportes, cultura, enfim, todas as áreas sofrem com a cidade no vermelho.
Taubaté também perdeu riqueza nos últimos anos, segundo dados do IBGE.
A saúde tem filas quilométricas à espera de cirurgias.
O índice da Educação do município recuou na comparação com anos anteriores.
Na segurança, em 2024, foram 3.674 roubos e furtos entre janeiro e novembro, média de 12 por dia, diz o Estado.
Para vencer os desafios e retomar o caminho do progresso, é imprescindível recuperar as finanças e criar as condições para tirar a cidade do sinal vermelho do desenvolvimento.