Após o pai matar a mãe atropelada, a família da vítima, moradora da RMVale, luta para ficar com a guarda da criança, de apenas 4 anos.
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A tragédia familiar aconteceu em Salesópolis, no interior de São Paulo. No dia 29 de dezembro, Bruna Inácia de Araújo de 34 anos, foi atropelada e morta pelo ex-companheiro, Luiz Carlos Ambros Neto. O crime aconteceu após uma discussão dentro do carro, na presença do filho do casal, de apenas 4 anos.
Agora, a família de Bruna trava uma batalha judicial pela guarda da criança, que atualmente está sob os cuidados da avó paterna. O casal morava em Caraguatatuba, no Litoral Norte, onde mantinha uma pousada.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Bruna foi jogada para fora do veículo e atropelada logo em seguida. Apesar de ser socorrida, ela não resistiu aos ferimentos. “É uma dor que não passa, uma saudade que só aumenta. Não conseguimos viver o luto da minha irmã porque a luta pela guarda do meu sobrinho não nos deixa respirar”, desabafou a irmã de Bruna, em entrevista ao SBT.
Bruna era descrita por familiares como uma mulher dedicada e altruísta. Trabalhava ao lado do ex-companheiro na pousada que administravam juntos. “Ela sempre foi luz, coração, sempre ajudou muito. É difícil entender como alguém pode ser tão monstruoso a ponto de fazer isso com uma pessoa que dizia amar”, completou a irmã.
Desde o dia do crime, a família de Bruna não teve mais contato com a criança. O menino, que presenciou a morte da mãe, precisa de acompanhamento psicológico, segundo a avó materna. “Nossa prioridade é trazer meu netinho para perto da gente. Ele presenciou tudo e precisa de cuidado e carinho”, afirmou a mãe de Bruna.
A família move uma ação judicial para obter a guarda da criança, mas enfrenta obstáculos constantes. A avó materna argumenta que, diante da violência do pai contra a mãe, não se pode garantir a segurança do neto no ambiente atual. “Se ele fez isso com a pessoa que dizia amar, o que pode fazer com quem está perto dele?”, questionou.
Luiz Carlos Ambros Neto, acusado pelo feminicídio, está foragido desde o crime. A família de Bruna também clama por justiça. “Queremos que ele pague pelo que fez, não só por tirar a vida da minha irmã, mas por todo o sofrimento que a fez passar durante anos”, disse a irmã da vítima.
Enquanto aguardam uma decisão judicial e a captura do acusado, os familiares mantêm o foco na luta pela criança. “Meu netinho é minha força. Quero que ele esteja seguro, perto da gente, e que a justiça seja feita”, concluiu a mãe de Bruna.
Logo após o crime, a família e Bruna indicou que Luiz Carlos pudesse ter seguido para Caraguatatuba. A forma como a criança voltou para a família dele não foi esclarecida.