Fim do mistério.
O tradicional Hotel San Marco, na região central de São José dos Campos, não vai ser demolido. O prédio foi vendido para uma empresa de tecnologia da cidade, que atua há 49 anos em toda a região. A operação do hotel foi finalizada no começo do mês, como apontou OVALE.
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Após um processo de revitalização, conhecido como retrofit – técnica de restauração e modernização de edifícios antigos, para preservar a arquitetura original –, o prédio do hotel vai abrigar a nova sede da Maquim, que hoje ocupa um prédio próprio na Vila Maria, na região central da cidade.
Fundada em São José em 1975, a empresa começou com manutenção em máquinas de escrever. Hoje trabalha fortemente com impressoras – venda, locação de equipamentos e fornecimento de pacote de serviços, além de assistência técnica da LG, para eletroeletrônicos.
Empresa familiar, a Maquim representa cinco grandes empresas de impressoras no Brasil: Epson, HP, Canon, Ricoh e Brother, sendo uma das maiores revendas de impressoras corporativas da marca Epson no país.
“O prédio tem estrutura muito boa, é bem localizado e vamos fazer um retrofit no local. Ao invés de demolir, vamos aproveitar o máximo da estrutura do prédio. Prezamos muito por essa questão sustentável”, disse o empresário Márcio Marques, que toca a empresa fundada pelos pais. O pai morreu há dois anos, mas a mãe ainda trabalha no negócio.
“Optamos por reduzir o impacto ambiental que teríamos com a construção de um novo prédio e pegar um prédio e revitalizá-lo. A sede da Epson em Los Angeles, na Califórnia (EUA), fez isso. Eles compraram um prédio antigo e revitalizaram”, contou o empresário.
Quem assina o projeto arquitetônico é Gustavo Martins, arquiteto do Vale do Paraíba que participa da Casa Cor, em São Paulo. Ele está pesquisando o material do prédio, cuja construção é dos anos 70 e 80, em projeto de renomado escritório de São Paulo, ícone do passado. Um dos arquitetos envolvidos no projeto original foi Ricardo Veiga, de São José, nome importante do período modernista.
“Nossa ideia é não perder a essência da estrutura do Ricardo Veiga. Trazer para o momento atual, com materiais atuais, com visão atual de sustentabilidade, mas sem perder a característica do projeto original”, disse Martins.
Marques disse que a expectativa da Maquim é gerar 100 novos empregos no negócio, sem contar a obra. As contratações devem começar já no começo de 2025, com os novos funcionários abrigados ainda na sede atual, mas mirando a expansão com a nova sede. Interessados devem mandar currículo para o email: rh@maquim.com.br.
“Na região, atendemos grandes empresas em todo o Vale do Paraíba, além de prefeituras, hospitais, câmaras, centros de compra. Clientes corporativos”, afirmou.
A obra começa na primeira quinzena de janeiro, segundo Marques, com a desmontagem da estrutura hoteleira e a preparação da estrutura da Maquim. “Isso gera muito menos impacto na obra”, disse.
A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2025, quando a companhia joseense fará meio século. “Queremos comemorar os 50 anos da empresa com a sede nova, no aniversário de 15 agosto de 2025. O projeto está pronto e vamos revitalizar. O impacto por fora [do prédio] será menor, mais algumas mudanças na estrutura”.
Marques explicou que o prédio será todo utilizado para a empresa, com subsolo, térreo, dois andares e rooftop (terraço), no qual será criado uma área de bem-estar dos funcionários e um espaço para eventos da companhia.
Com a nova sede e a expansão da equipe, Marques disse que a meta é ampliar as frentes de atuação da Maquim, apostando em impressões gráficas, comunicação visual e locações de computadores, notebooks, PCs e lousas digitais para ensino.
“Estamos estudando outras frentes de trabalho, porque hoje somos limitados fisicamente pelo tamanho do prédio. A nova sede é um lugar muito mais bem centralizado e um ponto mais conhecido para divulgar mais a empresa, fazê-la atingir mercados que não atinge hoje. Também pensamos e contribuir para a revitalização do centro de São José”, completou o empresário.