Um homem em situação de rua foi espancado por outros homens na mesma condição após um suposto abuso sexual de uma criança, em São José dos Campos. O caso foi registrado como importunação sexual e tentativa de homicídio na Polícia Civil, e deve ser investigado.
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A agressão teria acontecido na praça em frente ao Santuário São Judas Tadeu, no Jardim Paulista, na região central de São José dos Campos, no dia 29 de novembro.
De acordo com a apuração de OVALE, um menino de cerca de 10 anos, filho de uma moradora de rua, teria sido abusado sexualmente por outro morador de rua. A criança teria ficado aos cuidados do abusador em troca de dinheiro, pago à mãe para ela supostamente conseguir drogas.
“Um drama social complexo e terrível em todos os aspectos”, avaliou um membro do Conselho Tutelar sobre o caso.
Segundo informações, o menino violentado teria tentado correr para a igreja, tentando escapar do abusador. Outros moradores de rua souberam do ataque e espancaram o suposto estuprador, que foi socorrido e levado inconsciente ao Hospital Municipal de São José, na Vila Industrial. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dele.
O boletim de ocorrência informa que a Polícia Militar foi acionada via 190 para atender um caso de agressão em via pública.
No local, os policiais constataram um homem caído ao solo, desacordado, com ferimentos na região da cabeça e do rosto. Ele não portava documentos e não foi identificado.
Um homem se apresentou aos policiais como um dos agressores, sendo rapidamente imobilizado. Um segundo homem foi reconhecido e apontado por testemunhas como participante das agressões.
Os policiais também localizaram duas crianças no local, de 3 e 5 anos, filhos de um dos agressores. Uma delas teria sido vítima do suposto abuso sexual.
O Conselho Tutelar foi acionado e uma conselheira deu suporte à ocorrência, conversando com o pai das crianças, que foram encaminhadas para exames no Hospital Municipal e para "órgão competente", segundo o BO.
Os agressores foram levados à Central de Flagrantes e ficaram detidos, à disposição da justiça. Segundo a PM, fez-se necessário o uso de algemas, em razão da agressividade dos suspeitos e o receio de fuga. Foi requisitado exame no IML (Instituto Médico Legal) para os investigados e a vítima.
O delegado plantonista ouviu os policiais militares e os investigados. Ele determinou a expedição de requisição ao hospital para encaminhamento de informações médicas acerca do estado de saúde da vítima.
Colhidos os depoimentos e interrogatórios e avaliado o estado clínico da vítima, a autoridade policial deliberou pela lavratura de auto de prisão em flagrante dos agressores.