Bispo da Diocese Católica Episcopal Cristo Rei, que pertence ao Movimento Continuante, dom Léo Assis, 35 anos, prevê investir R$ 15 milhões para construir o Santuário Cristo Rei na zona norte de São José dos Campos. O projeto deve começar a sair do papel no primeiro trimestre de 2025.
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A proposta é construir um santuário em um terreno de aproximadamente 60 mil metros quadrados no bairro de Buquirinha, na zona norte da cidade. O dinheiro está sendo arrecadado por meio de doações.
O tempo estimado da obra é de dois anos, para erguer um templo com capacidade para receber cerca de 2.000 fiéis sentados e amplo espaço para ônibus, área de alimentação e um complexo de formação filosófica e teológica para futuros padres e também leigos.
Além disso, o movimento prevê construir uma obra social na zona sul da cidade, com um orfanato e um centro de acolhimento para moças vítimas de abuso sexual.
Os projetos mostram que os planos de dom Léo são ambiciosos. Natural do sul de Minas Gerais, o religioso lidera o Movimento Continuante no Vale do Paraíba. Ele se tornou bispo na noite do último sábado (7), após receber a ordenação episcopal de três bispos do movimento, incluindo dom Georges Gaidhos, arcebispo da Igreja no Brasil.
Dom Léo é bispo diocesano da Diocese Católica Episcopal Cristo Rei, que abrange a região do Vale do Paraíba e não tem nenhuma ligação com a Diocese de São José dos Campos e tampouco com a Igreja Católica Apostólica Romana.
O Movimento Continuante é ligado a uma dissidência norte-americana da Igreja Anglicana da Inglaterra.
Os paramentos, títulos e rituais são praticamente os mesmos da Igreja Católica Romana, incluindo missas de cura e libertação, além de rituais de exorcismos, todos também realizados pelos católicos romanos. A igreja do movimento também chama a celebração de “Santa Missa”, reza orações e utiliza a hóstia consagrada ou o pão ázimo.
No entanto, a Igreja Episcopal não obriga o religioso a ser celibatário e aceita padres e bispos casados. Os membros também têm trabalho remunerado fora da Igreja.
“Há diferenças pontuais das igrejas separadas de Roma. Não estamos submetidos à autoridade ao santo papa, mas nossa província reconhece que Francisco é sucessor de Pedro. A nossa intenção em São José é construir pontes, enquanto movimento eclesiástico. Não queremos dividir e nem tomar fiéis de ninguém”, afirmou dom Léo.
“A maioria dos nossos padres e bispos tem um serviço secular e não é a Igreja quem paga salário oficial. Às vezes temos ajuda de custo para moradia e transporte, mas a recomendação é que cada um se sustente para não pesar no povo de Deus.”
Atualmente, dom Léo prega e celebra missas no Santuário Cristo Rei, um espaço de celebração no Jardim Satélite (rua Bambuí, 231), na zona sul, para até 150 pessoas.
As celebrações acontecem às quintas-feiras, às 19h30 (Encontro de Cura e Libertação) e aos domingos, às 9h30 e 19h30, com missas por Cura e Libertação.
“No Santuário Cristo Rei todos são bem-vindos, ninguém será excluído”, disse dom Léo, que tem 140 mil seguidores nas redes sociais.