27 de dezembro de 2024
FRAUDES

Governo suspende 5 empresas da região suspeitas de golpes do pix


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Reprodução
Operação “Olho no Pix” suspendeu inscrições estaduais de empresas em Brotas, Bauru

A Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) suspendeu na última sexta-feira (6) a inscrição estadual de cinco empresas na região de Bauru por suspeita de integrarem esquemas fraudulentos de golpes do pix. Foram duas empresas em Bauru, duas em Brotas e uma em Jaú. No estado inteiro foram 2.128 empresas.

A investigação da pasta revelou que as empresas foram criadas com nomes similares aos de órgãos públicos e redes de varejo para enganar consumidores e aplicar fraudes financeiras, incluindo golpes relacionados ao pagamento do IPVA.

Entre os nomes detectados estavam "Receita Federal do Brasil", "Unesco Doação Ltda." (usada na semana da campanha Criança Esperança), "Detran Estadual Ltda.", "Magalu Financeiro Ltda.", “Pagamentos Dasmei Simples Ltda.", “Setor de Pagamentos Ltda.", e "Pagamentos Ambev Distribuidora Ltda."

A Receita Federal, a Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e a Sefaz-SP suspenderam essas empresas. A Jucesp também publicou uma portaria com exemplos de nomes proibidos para prevenir novas aberturas fraudulentas.

A investigação, conduzida pelos auditores da Assistência Fiscal de Monitoramento e Inteligência (AFMI) e da Delegacia Regional Tributária da Capital (DRTC-III), apontou que os fraudadores se aproveitavam da facilidade do Balcão Único para abrir empresas fictícias e direcionar pagamentos via Pix e boletos a contas fraudulentas.

Do total de 2.128 empresas suspensas, apenas uma solicitou o seu restabelecimento, ficando sujeita ao aprofundamento das verificações fiscais.

Mediante utilização de ferramentas de “machine learning” (aprendizagem automática de máquinas) foi implementada funcionalidade que bloqueia automaticamente pedidos de abertura de empresas com indícios de irregularidade, além de incluir contadores responsáveis em uma lista restritiva.

A análise também identificou que muitos dos sócios dessas empresas recebiam auxílio emergencial, sugerindo o uso de "laranjas" sem capacidade financeira. Todos os envolvidos estão sujeitos a penalidades civis e criminais, com base nos dados fiscais levantados.

A operação contou com a participação da Diretoria de Fiscalização (Difis) e da Diretoria de Gestão, Atendimento e Conformidade (Diges) e teve como objetivo não apenas combater fraudes, mas também proteger os consumidores.