A polêmica envolvendo o Santuário Cristo Rei, que será inaugurado no próximo domingo (8), e a Diocese de São José dos Campos subiu o tom e pode ganhar um novo capítulo, desta vez na Justiça. Calma, OVALE explica.
A abertura de um novo santuário religioso na zona sul de São José está repercutindo nas redes.
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O Santuário Cristo Rei abrirá as portas neste próximo domingo (8), no Jardim Satélite. A controvérsia decorre da associação equivocada feita por parte dos paroquianos, que acreditam que o novo templo tem ligação com a Igreja Católica Apostólica Romana. Para evitar a confusão, a Paróquia Espírito Santo se manifestou publicamente.
Em nota publicada nas redes sociais, o padre Rogério Feliz, pároco da Paróquia Espírito Santo, esclareceu que o responsável pelo novo santuário, Dom Léo Assis, não integra o clero da Igreja Católica e que o Santuário Cristo Rei não está em comunhão com a Diocese. As duas igrejas ficam menos de dois quilômetros uma da outra.
Nesta sexta-feira (6), após publicação de reportagem por OVALE, Dom Léo Assis publicou um vídeo após ser criticado em rede social. Ele subiu o tom e afirmou que pode processar o pároco, a fiel e até a Diocese. “Estou dando à senhora a oportunidade de desfazer essa fala e esclarecer os fatos. Caso contrário, acionarei a Justiça contra ela, o pároco e a própria Diocese de São José dos Campos”, afirmou.
A fiel Renata Germano comentou em uma postagem de Dom Léo Assis: “Quer dinheiro, cada hora ele está em uma cidade, porque descobre aí ele some", disse. O comentário foi estopim para a revolta do religioso. Tanto Renata quanto Léo são conterrâneos, segundo ele.
Dom Léo destacou que sua relação com parte da família de Renata sempre foi de respeito e amizade, o que torna a situação ainda mais delicada. “É lamentável que, conhecendo minha família e meus pais, desde a infância, ela tenha feito uma declaração tão infundada. Isso demonstra um fanatismo religioso preocupante”, disse.
Além de solicitar um pedido público de desculpas, o morador também pediu que a fiel buscasse orientação junto ao pároco responsável para esclarecer os fatos e evitar medidas legais. Segundo ele, a questão será levada aos tribunais caso não haja provas concretas das acusações, enfatizando que as consequências legais poderão afetar tanto Renata quanto o pároco e a Diocese.
Em suas redes sociais, Dom Léo se diz “Bispo Eleito”. “O intitulado ‘padre/dom Léo Assis’ não pertence ao clero, e o ‘mosteiro/santuário Cristo Rei’ não está em comunhão com a Diocese de São José dos Campos e com a Igreja Católica Apostólica Romana”, afirmou o padre Rogério, pároco da Igreja Espirito Santo, ressaltando a necessidade de esclarecer a relação do novo templo com outras denominações religiosas.
Dom Léo Assis, ligado ao Movimento Continuante, confirmou que sua igreja é independente da Igreja Romana, mas destacou a legitimidade de sua ordenação. Segundo ele, foi ordenado diácono e presbítero por Dom Jorge Gaidos, também do Movimento Continuante, e será consagrado bispo no próximo dia 7 de dezembro em cerimônia com outros líderes religiosos.