01 de dezembro de 2024
FRAN GALVÃO

O que você vestiria se ninguém estivesse olhando?

Por Fran Galvão | Consultora de imagem e estilo
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
O que você vestiria se ninguém estivesse olhando?

Se fizerem essa pergunta ao meu marido sobre mim, com certeza ele vai responder que é uma calça de moletom cinza, ameaçada por ele já várias vezes de ser escondida de mim.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.

Talvez você se espantaria com essa resposta dele. “Nossa, então essa seria a opção de uma consultora de imagem?” Mas calma, a tal calça de moletom não é qualquer calça de moletom. Ela tem uma modelagem cargo e bolsos em veludo (tenho certeza que se você me acompanha nas redes sociais já me viu com ela), e sim é uma peça que vai do meu aerolook ao look preguiça passando por algum momento onde faço valer a frase “ela é da moda, é assim mesmo”. 
Mas falando sério, tenho certeza que todas vocês têm uma roupa que usaria se ninguém estivesse olhando.

E quero trazer duas reflexões sobre isso, ambas sem resposta certa ou errada. A primeira é interna, pois essa sem dúvida seria uma escolha única e exclusivamente para você, ou seja, como você se trataria se ninguém estivesse olhando. Será que seria uma roupa confortável, será que seria super fashion e que no seu dia a dia não ousaria escolhe-la ou será que sua escolha teria aqueles furinhos e bolinhas de uso?

A segunda reflexão seria externa, perante o olhar do outro. Somos seres sociais, visuais, somos adultas, somos economicamente ativas, representamos nossos negócios e sabemos que nem sempre só podemos fazer aquilo que gostamos e que nos é confortável.

Existem dois espelhos que precisamos encarar, o nosso, aquele que temos em casa, que nós olhamos antes de sair e, o olhar do outro. É ingenuidade da nossa parte pensar que o olhar do outro não importa.

Quando a gente se prepara para que as pessoas queiram saber o nosso nome, a nossa chance de criar relações (pessoais ou profissionais) é infinitamente maior.
Nós nos relacionamos com tudo que vemos, e se o que vemos não for interessante para nós, não transmitir uma mensagem positiva e que acreditemos, dificilmente prorrogaremos qualquer tipo de relação.

Mas e se conseguíssemos manter nossa essência, desejos de imagem e ainda estar adequados a nossa rotina e aos ambientes que frequentamos com intencionalidade, proposito e uma imagem apropriada?

Para isso a resposta está em se conhecer, em entender seu lugar no mundo, seus desejos e metas. “Mas Fran, o que a moda tem a ver com tudo isso?” Tudo!
Precisamos encarar a moda com seu papel funcional, mas também de desejos, como ferramenta de comunicação e autoestima. Caso contrário ela vira um guarda-roupa lotado e você na frente dele se perguntando “com que roupa eu vou”, ou aquele dinheirão gasto e você repetindo “não tenho nada para usar”.
Que história você está contando com a sua imagem?

Ao me responder isso, você entenderá a frase “Autoestima não é sobre acreditar que irão aplaudir você. Autoestima é saber que você não precisa que aplaudam e mesmo assim seguir seu caminho”.