Destruir, interromper ou limitar a aviação militar inimiga. Esses são os objetivos da contraposição aérea ofensiva (do inglês, Offensive Counterair, OCA), uma das tarefas da força aérea na qual o F-39E Gripen está sendo empregado durante a Cruzex 2024.
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Trata-se do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex) que a FAB (Força Aérea Brasileira) iniciou no último domingo (3). As atividades ocorrem na Base Aérea de Natal (RN) e simulam diversos cenários de guerra.
Com uma combinação de habilidade operacional e coordenação entre várias unidades militares, o treinamento extensivo envolve 16 países, mais de 3.000 militares e aproximadamente 100 aeronaves, com o objetivo de “aprimorar táticas conjuntas e treinamento técnico entre as Forças Armadas por meio da coordenação operacional e do desenvolvimento de habilidades”, informou a FAB.
Durante a OCA, uma formação de Gripen é responsável por executar a missão de varredura, onde o Gripen abre caminho a fim de neutralizar os caças inimigos para que a força aliada atacante possa cumprir a sua missão de forma segura.
“Estamos lidando com diversos tipos de aeronaves e tecnologias, enfrentando pilotos com variadas experiências que atuam tanto a favor quanto contra nós no cenário simulado do treinamento. Em quase todos os voos na Cruzex, estamos inseridos no contexto das chamadas missões aéreas compostas, em que dezenas de aeronaves de diferentes nacionalidades cumprem missões distintas em um mesmo local, como forma de saturar as defesas inimigas, aumentando a segurança dos envolvidos”, explicou o tenente-coronel aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea).
A Cruzex 2024 segue doutrina semelhante àquela aplicada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que está alinhada com os mais recentes ensinamentos obtidos nos últimos conflitos.
Nesse contexto de modernidade, a participação do F-39E Gripen é “fundamental para treinar os pilotos do 1º GDA e dos demais esquadrões, uma vez que o caça representa a ponta da lança em termos de sistemas eletrônicos embarcados, como o radar, o datalink e a guerra eletrônica, além do desempenho de um avião da classe 9G”, disse a Saab.