25 de dezembro de 2024
CÂMARA DE SÃO JOSÉ

Veja como cada vereador irá se posicionar no governo Anderson

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Montagem feita com fotos de divulgação
Para obter maioria, Anderson precisará do apoio de, no mínimo, 11 vereadores

Dos 21 vereadores que atuarão na Câmara de São José dos Campos na próxima legislatura, 10 devem integrar a base de apoio ao prefeito reeleito Anderson Farias (PSD), sete devem fazer parte da oposição e quatro ainda não anunciaram que posicionamento adotarão com relação ao governo entre 2025 e 2028.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

Os 10 nomes garantidos na base governista são os vereadores eleitos por partidos que integraram a coligação de Anderson: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Roberto do Eleven (PSD), Rogério do Acasem (PP) e Zé Luis (PSD).

Dos sete vereadores que já anteciparam que irão integrar a oposição, cinco são de partidos da coligação de Eduardo Cury (PL), que foi derrotado no segundo turno - após a derrota, Cury também anunciou que fará oposição a Anderson. "A oposição a este governo antecede ao resultado eleitoral, pois apresentamos uma candidatura adversária à atual administração exatamente por nos opormos ao rumo que a cidade está tomando. Respeitamos o processo eleitoral e aceitamos o resultado, mas as divergências administrativas e ideológicas permanecem. Não vejo outro caminho", disse o vereador Thomaz Henrique (PL).

"Eu tenho um trabalho muito forte de fiscalização na área da saúde. Acredito que vou continuar nessa linha, de fiscalizar e denunciar de perto. Então, não pretendo fazer parte do governo, principalmente enquanto esses descasos continuarem acontecendo", afirmou o vereador Roberto Chagas (PL).

"Seguirei firme na fiscalização do governo atual e me posicionarei contra qualquer medida que considere inadequada ou prejudicial. Acredito que é essencial manter um olhar crítico e atento para garantir os melhores interesses da nossa sociedade", disse o vereador Fernando Petiti (PSDB).

"Não me parece adequada à minha forma de agir a posição unilateral de ser oposição apenas por ser oposição. É melhor considerar uma oposição crítica, mantendo ativo meu parâmetro severo de observação, que sempre foi e será o que for melhor para o cidadão", afirmou o vereador eleito Carlos Abranches (Cidadania). "Minha posição será de oposição responsável e vigilante", disse o vereador eleito Anderson Senna (PL).

As outras duas vereadoras que integrarão a oposição - Amélia Naomi (PT) e Juliana Fraga (PT) - apoiaram a candidatura de Wagner Balieiro (PT), derrotado no primeiro turno. O PT já havia antecipado que faria oposição a qualquer candidato que saísse vitorioso do segundo turno. "Não [será uma] oposição por oposiçao. Havendo projetos que sejam bons para a cidade, votaremos a favor", disse Juliana.

Indefinição.

Dos quatro vereadores que ainda não anunciaram que posicionamento adotarão com relação ao governo, três são de partidos da coligação de Cury. "Vamos conversar no partido, a nossa intenção é tomar uma decisão em bloco", disse Lino Bispo (PL). "O partido deve se reunir amanhã [terça-feira] para definir nossa posição, que certamente será em favor da cidade e das pessoas que mais precisam", afirmou Sérgio Camargo (PL).

"Ainda não tive nenhuma reunião para tratar dos assuntos da Câmara Municipal. Mas irei trabalhar para ajudar a nossa cidade", disse Sidney Campos (PSDB).

O vereador Renato Santiago (União) foi procurado pela reportagem nessa segunda-feira (28), mas não se manifestou. No primeiro turno, Santiago apoiou Dr. Elton (União). No segundo turno, assim como Elton, apoiou Cury. Atualmente, o parlamentar faz oposição ao governo Anderson na Câmara.

Maioria.

Obter maioria na Câmara é fundamental para que o prefeito aprove projetos. Como o Legislativo tem 21 cadeiras, a maioria simples em São José é garantida com 11 parlamentares.

Outras propostas, como alterações na Lei Orgânica do Município, exigem maioria qualificada, que corresponde a dois terços da Câmara - no caso, 14 vereadores.

Desde o primeiro semestre desse ano, com as composições para a eleição, Anderson já não tinha maioria na Câmara - contava com o apoio de 10 vereadores, enquanto a oposição tinha 11. Esse cenário fez o governo ter dificuldade em votações, principalmente no segundo semestre.