29 de novembro de 2024
PAUTA

Câmara vota projeto que visa impedir Marcha da Maconha em Taubaté

Por Sessão Extra | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Mesmo com lei municipal contrária, Marcha da Maconha foi promovida em São José em 2023 e 2024

Pauta
A Câmara de Taubaté deve votar na próxima terça-feira (22) o projeto que visa proibir a realização da Marcha da Maconha no município ou de eventos "que façam apologia ao consumo de drogas ilícitas que causem dependência física e/ou psíquica". O texto é o quinto item da pauta da sessão ordinária.

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Projeto
O projeto foi apresentado em setembro de 2023 pelo vereador Paulo Miranda (MDB), que alega que "o que não se pode permitir é manifestações, como a denominada Marcha da Maconha, cujo objetivo não é discutir sobre a legalização ou não das drogas, e sim fazer clara apologia ao seu uso".

Procuradoria
Dois órgãos técnicos da Câmara emitiram pareceres contrários ao texto. Para a Procuradoria Legislativa, o projeto tem "inconstitucionalidade material, na medida em que viola direitos fundamentais do cidadão, tais como o direito de reunião e de livre manifestação".

Consultoria
A Consultoria Legislativa apontou que a Constituição Federal "assegura, respectivamente, a 'livre manifestação do pensamento' e a liberdade de reunião pacífica 'sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização'", e que "não cabe ao estado brasileiro, muito menos aos seus municípios, proibir qualquer tipo de manifestação, por força de determinação constitucional".

Comissão
Apesar dos pareceres contrários dos órgãos técnicos, o projeto recebeu aval da Comissão de Justiça e Redação. Pela comissão, os vereadores Marcelo Macedo (MDB) e Dentinho (PP) se manifestaram a favor da proposta. Já Talita Cadeirante (PSB) foi contra.

São José
Em São José dos Campos, em setembro de 2023, a Câmara aprovou projeto semelhante do prefeito Anderson Farias (PSD), mas a Marcha da Maconha foi realizada na cidade em outubro do ano passado e em setembro de 2024, já que o STF (Supremo Tribunal Federal) liberou eventos dessa natureza em decisão de 2011.