O perfil de Washington Olivetto no Instagram publicou um texto em homenagem ao publicitário, que morreu neste domingo (13), no Rio de Janeiro, aos 73 anos.
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O publicitário, que estava internado há quase cinco meses e com problemas pulmonares, morreu de falência múltipla de órgãos.
Nas redes sociais, o perfil de Olivetto publicou um texto de celebração sobre o que representa o profissional e o homem.
“É com muita alegria que celebramos a vida do maior publicitário do mundo. Do mais generoso dos amigos. Do mais brilhante dos brasileiros. Do mais fiel dos corintianos. Do mais maravilhoso marido, pai e avô. O melhor Washington Olivetto de todos os tempos”, diz o texto, que emocionou centenas de internautas, entre eles gente famosa.
“Adorei o texto! Vamos celebrar a vida deste gênio, genial!
Alguém que sabia retratar a sociedade com criatividade, bom humor!
Dono de uma inteligência e sensibilidade muito além de todos nós. Os gênios são imortais! Um grande abraço aos familiares!! Muita luz e carinho”, escreveu a jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski.
Descendente de italianos, Olivetto nasceu em setembro de 1951 na capital paulista, onde foi criado pela mãe, uma dona de casa, e o pai, vendedor de tintas.
Aos 17 anos, entrou para o curso de publicidade da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) e iniciou sua trajetória profissional como redator de uma agência publicitária.
No primeiro ano de atuação, ele conquistou um dos prêmios mais importantes para os profissionais da área, o Leão de Bronze do Festival de Publicidade de Cannes.
No final da década de 70, já experiente no ramo da publicidade, criou o “Garoto Bombril”, personagem clássico da propaganda brasileira e um de seus maiores feitos.
Mais tarde, em 1987, ele lançou outra campanha premiada, que se tornou marca da publicidade da época: a do Primeiro Sutiã, para a Valisère, em que uma adolescente comprava sua primeira peça íntima e que tinha como mote “O primeiro sutiã a gente não esquece”.
Durante a carreira de sucesso, recebeu diversas estatuetas e homenagens, que foram desde títulos em universidades a menções em músicas de Jorge Ben Jor — “Alô, Alô W/Brasil”, diz o trecho em referência à empresa de Olivetto.
Em sua trajetória, também se descobriu autor, escrevendo oito obras sobre a própria carreira e peças publicitárias que havia criado. Em 2017, se mudou para Londres, no Reino Unido, mas vinha ao Brasil com certa frequência para participar de palestras.
A fama internacional também teve lado negativo. Em 2001, foi sequestrado perto de sua casa, em Higienópolis, na região central de São Paulo, por um grupo de chilenos e argentinos, que planejaram a ação ao longo de 10 meses. Somente após 53 dias, Olivetto se viu livre do cativeiro.