17 de setembro de 2024
MONTADORA

Metalúrgicos da GM rejeitam propostas e ameaçam greve em SJC

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Roosevelt Cássio
Trabalhadores da GM rejeitam propostas apresentadas pela montadora

Trabalhadores da General Motors de São José dos Campos rejeitaram as propostas da montadora para o reajuste salarial em assembleia nesta segunda-feira (16), que reuniu os dois turnos da fábrica.

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Os participantes também exigiram que a montadora apresente nova proposta ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Caso a direção da empresa se recuse a negociar, segundo o sindicato, haverá greve a partir desta terça-feira (17), às 5h30, quando acontecerá nova assembleia.

Após uma série de reuniões de negociação entre a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos, as duas partes não chegaram a um acordo. A montadora apresentou duas propostas, que foram levadas à assembleia nesta segunda e “amplamente rejeitadas pelos operários”, informou a entidade.

Na primeira proposta, a GM oferece um acordo coletivo com vigência de um ano, reajuste salarial referente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) da data-base (3,71%) mais 1% de aumento real, além de vale-alimentação de R$ 500 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2025 correspondente ao mesmo valor de 2024 corrigido pelo INPC.

Além disso, a companhia não garantiria investimentos na planta de São José dos Campos, na contramão do que ela mesma anunciou no início do mês.

Na segunda proposta, a montadora oferece um acordo coletivo com vigência de dois anos, com reajuste salarial correspondente a apenas a reposição da inflação (INPC), sem aumento real, vale-alimentação de R$ 700 e PLR fixa de R$ 20 mil em 2025, com o mesmo valor corrigido pelo INPC em 2026. Nessa proposta, a GM sugere credenciar a planta para futuros investimentos e contratações.

Ambas as ofertas foram rejeitadas, informou o sindicato, “porque não atendem aos interesses dos metalúrgicos”. Os operários exigem aumento real de salário e renovação do acordo coletivo “sem ameaças veladas”.

Em outras oportunidades, os metalúrgicos de São José dos Campos já aceitaram flexibilização de direitos para viabilizar investimentos que nunca se concretizaram, segundo o sindicato.

“Os trabalhadores estão revoltados com a postura da General Motors e estão dispostos a paralisar a produção por tempo indeterminado para defender seus salários e direitos. Para não ser acusado de intransigente, o Sindicato deu um prazo para a direção da companhia se manifestar. A bola está agora com a GM”, disse o presidente em exercício do sindicato, Valmir Mariano.

A planta da GM em São José dos Campos tem cerca de 3.250 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

Procurada sobre o assunto, a GM informou que não comenta.