A conclusão do projeto arquitetônico e urbanístico da segunda unidade do Sedes (Sistema Educacional de Desenvolvimento Social), em Taubaté, sofreu novo atraso.
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Contratado por R$ 830 mil em junho de 2023, o escritório de arquitetura Schiffino & Junqueira tinha até outubro do ano passado para concluir o projeto, mas o prazo já foi prorrogado quatro vezes. Agora, a previsão de entrega é para novembro - ou seja, o atraso irá superar um ano.
Questionada, a Secretaria de Educação afirmou que "as prorrogações foram solicitadas devido à complexidade do projeto e também a avaliações de documentos direcionados à comissão do EIV - Estudos de Impacto de Vizinhança e à comissão que analisa o RIT - Relatório de Impacto de Trânsito".
A secretaria informou que, até agora, a empresa apresentou "os estudos de implantação de arquitetura, projetos arquitetônicos, memoriais, projetos em 3D", e que "estão pendentes de serem entregues o detalhamento dos ambientes internos e externos e os projetos básicos complementares".
Após a conclusão do projeto arquitetônico e urbanístico, a Prefeitura ainda terá que elaborar a planilha de orçamento, na qual será definido o custo estimado para a construção do Sedes 2. A Secretaria de Educação admitiu que não há uma previsão de quando o complexo poderá sair do papel. "A intenção é que a construção seja por módulos. Ainda não possuímos os valores por edificação, será necessário a elaboração de planilha de orçamento", afirmou a pasta.
O Sedes 2 é previsto para duas áreas vizinhas no bairro Piracangaguá, que somam 138 mil metros quadrados e que foram adquiridas no fim de 2021 pela Prefeitura, ao custo de R$ 31,2 milhões - em uma dessas áreas funcionava a antiga ADPM (Associação Desportiva da Polícia Militar).
A única coisa feita pelo governo José Saud (PP) até agora foi a revitalização de uma quadra poliesportiva que já existia no espaço, ao custo de R$ 3,962 milhões. No local, segundo a Secretaria de Educação, estudantes do ensino integral da escola do Cecap irão praticar vôlei, badminton, tênis de mesa, judô e futsal.
A revitalização foi entregue no início de julho. Na ocasião, em meio à pré-campanha do prefeito à reeleição, o governo Saud chamou a reforma da quadra de "primeira fase das obras do Sedes 2", embora esteja longe de configurar o que foi prometido para o complexo, projetado para ter mais de 30 espaços educacionais e esportivos.
Pela proposta apresentada em 2023 e que serve de base para a elaboração do projeto arquitetônico, o Sedes 2 seria batizado de Complexo Educacional Cidade da Criança e teria 46 salas de aula, com capacidade para 1.185 alunos.
Uma das áreas, de 98 mil metros quadrados, concentraria as salas de aula: seriam 13 salas de ensino fundamental 1, para 30 alunos cada; nove salas para ensino fundamental 2 (capacidade para 35 alunos/cada); seis salas de berçário (20 crianças/cada); seis salas de maternal (20 crianças/cada); seis salas para a 1ª etapa do infantil (20 crianças/cada); seis salas para a 2ª etapa do infantil (20 crianças/cada). Essa primeira área também teria auditório, estacionamento, escola de educação no trânsito, centro de educação artística, concha acústica para 1.000 pessoas, escola de inserção digital e saguões para exposições.
A segunda área, com 40 mil metros quadrados, deveria ter uma unidade da Eafi (Escola de Atletas e Formação Integral) com capacidade para 300 alunos por período, dois ginásios esportivos, três piscinas, quadras poliesportivas descobertas e quadras de areia.
Em novembro de 2021, Saud anunciou a intenção de construir dois novos Sedes, modelo que foi bandeira do ex-prefeito Roberto Peixoto.
O Sedes 1, que custou R$ 24 milhões à época, em valores não corrigidos, foi inaugurado em 2011. O espaço fica em uma área de 130 mil metros quadrados no Jardim Jaraguá. São 15 mil metros quadrados de área construída, com escola, creche, auditório, quadras poliesportivas, piscina e quadras de tênis, além de área verde.
O Sedes 3 seria erguido em uma área na Estiva, que já pertence ao município, mas no local está sendo construída apenas uma creche para 150 crianças, por R$ 3,8 milhões. A Prefeitura afirma que mantém a intenção de, posteriormente, ampliar a unidade com uma escola do fundamental e espaços complementares, mas também não foi feito nada de concreto até agora nesse sentido.