Em comemoração ao Dia Internacional da Onça-Parda, a Fundação José Pedro de Oliveira divulgou imagens de aparições do felino no interior da Mata de Santa Genebra, em Campinas. A Mata, que é a maior unidade de conservação da espécie na região, costuma receber o animal com frequência em seu espaço.
Desde 2012, inclusive, uma onça-parda fêmea se estabeleceu na unidade e passou a ser acompanhada por imagens de monitoramento.
“Havia registros anteriores da presença da onça (como pegadas e fezes), mas as imagens ajudaram a ter uma documentação mais sólida de como ela vivia na Mata. Desde 2012, com as armadilhas fotográficas, começamos a registrar esta onça que reside e tem a cria na Mata”, explicou o biólogo da FJPO, Thomaz Barrella.
Ainda de acordo com o profissional, a fêmea reside na Mata por conta da oportunidade de ter um lugar onde é possível viver e dar sustento para seus filhotes. Desde 2012, afinal, há registros de ao menos seis crias no interior da Mata.
“Algumas ninhadas com um filhote, com dois filhotes e a maior foi de três filhotes. Para nossa surpresa, neste ano a gente registrou uma fêmea com dois filhotes e ao mesmo tempo registramos outra fêmea acompanhada de um macho”, relembrou o biólogo.
O macho, no entanto, está distante da Mata há um tempo. Segundo o profissional, ele transita entre territórios de outras fêmeas para temtar copular. O movimento é natural, uma vez que é a mãe quem costuma cuidar dos filhotes.
Então nós estamos com duas fêmeas que residem na unidade! A fêmea que estava com dois filhotes sumiu por mais de um mês. Neste meio tempo continuamos acompanhando a outra fêmea que foi crescendo a barriguinha, ou seja, estava prenha”, completou.