31 de agosto de 2024
IGNORARAM ORIENTAÇÃO

Orçamento impositivo: PSD e PSDB cogitam punir ‘traidores’

Por Sessão Extra | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Montagem feita com fotos de Flávio Pereira/CMSJC
Rafael Pascucci e Dr. José Claudio

Retaliação
O PSD, partido do prefeito Anderson Farias, e o PSDB, sigla da coligação do ex-prefeito Eduardo Cury (PL), avaliam punições aos vereadores que contrariaram orientações das legendas e votaram a favor da Pelom (Proposta de Emenda a Lei Orgânica) que visa instituir as chamadas emendas impositivas ao orçamento municipal.

PSD
Dos seis vereadores do PSD, apenas um - Rafael Pascucci - votou a favor da proposta. "Não participei da decisão [do partido], não concordo e por esse motivo meu voto foi favorável", explicou Pascucci.

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Reação
Procurado pela coluna, o presidente em exercício do PSD em São José, Sergio Theodoro, afirmou que Pascucci poderá ser punido. "Lamentamos o voto contrário de apenas um de nossos vereadores, contrariando a orientação do partido, pois entendemos que o projeto compromete o orçamento do município. A executiva do partido avaliará a conduta do parlamentar".

PSDB
Dos dois vereadores do PSDB, somente um - Dr. José Claudio - votou a favor da Pelom. "A gente não está aqui querendo castigar o próximo prefeito. Me perdoe o meu partido", justificou José Claudio.

Represália
À coluna, o vice-presidente do PSDB, José Dimas, afirmou que "certamente" poderá haver punição ao vereador. "Estamos conversando sobre isso. Vamos ouvir primeiro a versão dele".

Pressão
Anderson e Cury estão empatados tecnicamente na liderança da corrida ao Paço Municipal, segundo as últimas pesquisas. O governo não tem interesse nas emendas impositivas pois perderia poder de barganha com a Câmara, que em contrapartida poderia ter uma atuação mais independente.

Votação
A Pelom foi aprovada nessa quinta-feira (29), em primeiro turno, por 14 a 7. No segundo turno, que deve ocorrer em duas semanas, a proposta também precisará de ao menos 14 votos favoráveis para ser aprovada, o que corresponde à maioria qualificada da Câmara - ou seja, caso Pascucci ou José Claudio mudem de posição por pressão dos partidos, o texto corre risco de ser rejeitado.