O prédio que será implodido na manhã deste domingo (25) no Jardim Aquarius, na zona oeste de São José dos Campos, dará lugar a um edifício com apartamentos luxuosos. O empreendimento ficará na rua Tubarão e terá 33 andares, dois subsolos e apartamentos de 505 metros quadrados. A cobertura vai ter 1.010 metros quadrados e será duplex.
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O edifício 'Mansões Aquarius' deve ficar pronto em três anos, de acordo com previsão da construtora, e terá um apartamento por andar, com cinco suítes e seis vagas na garagem cada. Neste domingo, às 10h, ocorrerá um evento inédito no Vale do Paraíba: a implosão do esqueleto de prédio existente hoje no local, há aproximadamente 30 anos. Com 50 kg de explosivos, a implosão vai durar 7 segundos.
O responsável pela implosão é o engenheiro de Minas Manoel Jorge Diniz Dias, profissional com experiência no setor, tendo em seu currículo mais de 200 implosões realizadas, incluindo o complexo do Carandiru, em São Paulo, e o edifício Palace 2, no Rio de Janeiro.
Dias detalhou o processo e os preparativos para a operação: “Nós já estamos numa contagem regressiva para as 10 horas de domingo, onde contamos com uma expectativa muito positiva, em função de todos os protocolos que foram contemplados. Fizemos uma vistoria cautelar nos prédios vizinhos, e no dia da implosão vamos ter um monitoramento sismográfico para medir as vibrações das detonações e da queda do prédio. As vibrações já foram sinalizadas como ficando abaixo dos níveis impostos por normas brasileiras e internacionais”, afirmou.
Para garantir a segurança, foram adotadas medidas preventivas adicionais, como a instalação de camadas de telas fachadeiras ao redor da estrutura. Segundo Dias, “essas medidas visam evitar o lançamento de fragmentos, preservando tanto as pessoas quanto o patrimônio.”
A Defesa Civil de São José dos Campos também está envolvida na operação, atuando na coordenação e interação com a comunidade local. “A Defesa Civil está participando como elemento de apoio, principalmente na interação com a comunidade e os moradores. Nossa expectativa é muito positiva no sentido de que a implosão ocorra sem transtornos de qualquer natureza,” comentou o engenheiro.
No total, serão utilizados 50 kg de explosivos, distribuídos em cerca de 500 pontos de detonação ao longo da estrutura. O engenheiro explicou que, de acordo com as simulações, o tempo de queda do edifício deve ser de aproximadamente 7 segundos. “As detonações ocorrem do meio para a periferia, de baixo para cima, fazendo com que o prédio caia sobre sua própria área de projeção, preservando as estruturas vizinhas”, disse o engenheiro.
Dias também destacou a experiência adquirida ao longo de sua carreira, mencionando a importância de seguir rigorosamente todos os protocolos técnicos, legais e de segurança. “Tenho mais de 40 anos de atuação nesta área. Sou um humilde discípulo do engenheiro Hugo Takahashi, pioneiro das implosões no Brasil. Todos os protocolos aqui estão sendo obedecidos, e essa experiência reforça nossa preocupação com o cumprimento de todos os requisitos de segurança,” afirmou.
Para tranquilizar os moradores da região, foram realizadas palestras explicativas sobre o processo de implosão e as medidas de segurança adotadas. “Acredito que essas palestras mitigaram bastante as preocupações, principalmente em relação a vibrações e ao lançamento de fragmentos,” acrescentou Dias.
O engenheiro finalizou destacando a importância do evento para a transformação urbana da região: “A implosão é encarada como uma ferramenta extraordinária para grandes transformações urbanas. Esse prédio, que está abandonado há mais de 20 anos, dará lugar a um novo espaço, eliminando um problema antigo e abrindo caminho para novas oportunidades.”