26 de dezembro de 2024
POLÍTICA

Flávio Paradella: O tempo dos candidatos

Por Flávio Paradella | Especial para o Todo Dia Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Agência Brasil

Com início no dia 30 de agosto, a propaganda eleitoral em Campinas está definida e a coligação de Dário Saadi (Republicanos) terá quase 60% do tempo de TV e rádio. A distribuição é feita de acordo com o tamanho representado por cada partido e a aliança de Dário reúne siglas com mais cadeiras no congresso, o que concede o direto de maior tempo para cada legenda. Em suma, quanto mais deputados federais, mais tempo na propaganda eleitoral.

Dário Saadi é do Republicanos e tem ao seu lado o PSB, Avante, MDB, PL, PODEMOS, PP, PRD, PSD e Solidariedade. A junção desses partidos garantiu ao atual prefeito 5’46” do bloco de 10 minutos, além disso o candidato à reeleição terá 1.695 inserções ao longo das programações das emissoras de TV e Rádio, aqueles materiais que são veiculados nos intervalos comerciais.

Rafa Zimbaldi (Cidadania) e Pedro Tourinho (PT) terá direito a 2’07” cada um. O número mostra o quão foi importante a luta de Rafa para garantir o União Brasil às suas fileiras, afinal somente este partido traz 1’06” para a propaganda do deputado estadual. A coligação Campinas Uma Cidade Para Todos (AGIR / Federação PSDB-CIDADANIA / PDT / PMB / UNIÃO), de Rafa Zimbaldi, terá 619 inserções. Já Pedro Tourinho (PT/PC do B/PV e Federação PSOL/REDE), além dos mais de 2 minutos, terá 624 inserções ao longo da campanha eleitoral.

Você pode estar se perguntando: e Wilson Matos, do Novo, e Angelina Dias, do PCO? Eles não estarão na campanha de TV e Rádio pois os partidos não atingiram a cláusula de barreira para ter o direito ao tempo de propaganda e inserções e a campanha vai se limitar a internet e pelas ruas.

A sequência

No primeiro dia, 30 de agosto, a propaganda vai começar pelo material de Pedro Tourinho. Na sequência será a vez de Rafa Zimbaldi. Dário fecha e a campanha sabe que o prefeito vai apanhar por mais de 4 minutos e prepara uma “resposta” ao que vier.

Xoxa, capenga, manca, anêmica, fraca e inconsistente

Por falar em campanha, o sentimento é de a coisa não engrenou. Uma semana após o início a coisa está insípida. Em outros tempos, logo no primeiro dia, as ruas estavam lotadas de cabos eleitorais com bandeiras dos candidatos em cada canto. Um exemplo? Eu esperava uma Avenida Francisco Glicério forrada de gente pedindo voto e passada uma semana a jornada ainda está fraca.