16 de agosto de 2024
ENTENDA

'Doença do Beijo'? Veja os sintomas da doença que atingiu Duda

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Entre os sintomas está a faringite, a dor de garganta com presença de placas

Popularmente conhecida como ‘Doença do Beijo’, a mononucleose é uma doença viral muito frequente, segundo cartilha do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

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De acordo com o material, estudos mostram que entre 80% a 95% da população adulta do mundo já foi infectada pelo vírus.

A doença é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) que é um membro da família dos herpesvírus. Alguns estudos descrevem que a infecção primária ocorre mais na infância em populações com condições socioeconômicas menos favorecidas, enquanto que na adolescência ou idade adulta em outras populações.?

A infecção pode ser assintomática (mais frequente em crianças) ou os sintomas clássicos, como geralmente ocorrem entre adolescentes e adultos.

Os sintomas iniciais são cefaleia, fadiga, mal-estar e dores musculares evoluindo para febre, linfonodomegalia (aumento dos gânglios) e faringite (dor de garganta com presença de placas). Em alguns casos pode ocorrer também esplenomegalia (aumento do baço) e exantema (manchas vermelhas pelo corpo).

Complicações, como anemia e plaquetonia (diminuição das plaquetas), podem ocorrer. Hepatite autolimitada também pode ser observada.

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico do paciente e alguns exames laboratoriais. O hemograma pode acusar linfocitose (aumento dos linfócitos), além da presença de atipias linfocitárias. Aumento das enzimas hepáticas também pode ser observado, segundo a cartilha.

Um exame de sangue específico chamado de sorologia para EBV/mononucleose pode dar o diagnóstico definitivo da doença.

Não existe tratamento específico para a doença. Nesses casos é realizado o tratamento de suporte que consiste em sintomáticos, controle da febre e da odinofagia (dor para engolir), além da hidratação.

Também não existe uma forma muito efetiva de prevenção, já que o vírus é excretado pela saliva, às vezes por tempo prolongado, mesmo que a pessoa não tenha sintomas.

Estudante.

Em São José dos Campos, a estudante Maria Eduarda de Oliveira Quintanilha, 16 anos, a Duda, recebeu o diagnóstico de mononucleose antes de morrer na última segunda-feira (12).

Ela foi internada em um hospital particular de São José após queixar-se de dores nas costas e no pescoço. Na unidade, os médicos identificaram que a vesícula e o fígado dela estavam inchados.

Duda recebeu o diagnóstico de mononucleose e a médica que a atendeu suspeitou de que ela pudesse ter alguma bactéria muito resistente e que fosse anterior ao vírus, e que acabou agravando seu quadro clínico e levando à morte, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.