01 de agosto de 2024
INVESTIGAÇÃO

José foi morto em fluxo após batida de carro em S. José, diz Deic

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
José tinha 28 anos

A Polícia Civil esclareceu a morte do trabalhador José Darks Elano Leandro da Silva, de 28 anos, ocorrida na saída de um baile funk na zona sul de São José dos Campos na noite de 12 de maio, no bairro Dom Pedro 1º. Arrastada do lado de fora de seu carro por 200 metros, a vítima foi morta após um desentendimento provocado por um acidente de trânsito.

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O crime aconteceu durante um fluxo. José voltava para casa, depois de ir ao baile funk, quando bateu o carro -- um Meriva preto -- em outros dois carros prateados -- um Hyundai e um Celta. Durante a discussão, homens que estavam no Hyundai se aproximaram da vítima e passaram a ameaçá-la, exigindo a reparação dos danos.

Em seguida, um dos homens se apoderou do Meriva de José e disse "quando você vier acertar o prejuízo você pega o seu carro". De acordo com a polícia, em desespero, José se lançou sobre o capô do carro. O condutor, então, aumentou a velocidade, provocando o "arremesso" do corpo da vítima, que morreu na queda.

Depois, os envolvidos fugiram, abandonando o carro de José em um bairro próximo. A vítima foi achada já sem vida, com escoriações nas costas e na mão esquerda, além de ferimentos na cabeça.

Investigação.

Por meio de câmeras do CSI, a polícia localizou imagens da confusão iniciada durante o fluxo.

Guilherme Santos Rodrigues, 21 anos, confessou que estava dirigindo o Meriva e diz que pegou o carro a pedido de um amigo, o influenciador digital Alex Nascimento de Souza, para obrigar a vítima a pagar os prejuízos causados ao colega, dono do Hyundai.

O inquérito foi relatado e encaminhado à Justiça. O investigado responde em liberdade. Guilherme foi indiciado por homicídio com dolo eventual, por assumir o risco de morte.

O influencer, que tem mais de 60 mil seguidores, é investigado por "exercício arbitrário das próprias razões" -- por "fazer justiça com as próprias mãos". Em depoimento, ele negou envolvimento no caso.

José era ajudante-geral. De origem humilde, ele era descrito como um homem trabalhador, que sonhava em celebrar novas conquistas. "Um dia eu fui um menino sonhando, hoje eu sou um jovem em busca de ser novamente um menino sonhando", dizia a vítima.