24 de novembro de 2024
MERCADO DE AVIAÇÃO

Embraer projeta mercado de R$ 3,6 tri para jatos em 20 anos

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação / Embraer
Jato comercial da Embraer

A Embraer projeta um mercado estimado em US$ 650 bilhões – R$ 3,63 trilhões na cotação atual do dólar – para a venda de jatos comerciais de até 150 assentos pelos próximos em 20 anos.

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O documento foi divulgado durante a Conferência de Imprensa da Embraer no Farnborough Airshow, na Inglaterra, nesta terça-feira (23|).

O Market Outlook 2024 da Embrer estima 10.500 pedidos de novos jatos e turboélices até 2043, além de apresentar análises de variáveis e tendências globais em seis regiões do mundo, que impactam a demanda por novas aeronaves.

Segundo a fabricante brasileira, as regiões América do Norte e Ásia-Pacífico liderarão as entregas de jatos, respectivamente com 2.610 aviões (30,8%) e 2.260 (26,7%) do mercado futuro.

Na sequência aparecem Europa (2.110 jatos e 24,9%), América Latina (770 / 9,1%), África (380 / 4,5%) e Oriente Médio (340 / 4,0%) .

Segundo a Embraer, a importância da categoria small narrowbody está crescendo. Aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade, especialmente quando frequências diárias múltiplas são essenciais para que cidades de menor porte permaneçam bem conectadas.  

Frotas com aeronaves maiores são beneficiadas quando complementadas por small narrowbodies no segmento abaixo de 150 assentos. Esse tipo de modelo opera em locais que não são possíveis para jatos maiores. Além disso, os small narrowbodies conseguem operar com mais frequência nessas rotas e, geralmente, de forma mais lucrativa.

À medida que o tamanho médio das aeronaves nas principais regiões do mundo aumenta, o que reflete a forte carteira de pedidos para narrowbodies de 200 assentos, fica claro que uma frota mista de narrowbodies pequenos e grandes é a melhor maneira de atender às diversas características da malha de uma companhia aérea.

“Uma estratégia de frota bem-sucedida para os próximos 20 anos será uma combinação de jatos com menos de 150 assentos e de narrowbodies maiores. O ambiente pós-pandemia é diferente em muitos aspectos. O mercado voltado para passageiros de negócios e de lazer mudou e os padrões de demanda são diferentes”, disse Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

“O ambiente corporativo de trabalho é diferente e o comércio eletrônico está crescendo. As companhias aéreas estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas as cidades menores ainda precisam permanecer bem conectadas às malhas aéreas com voos frequentes. Acreditamos que aeronaves no segmento abaixo de 150 assentos sejam as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade.”

O Market Outlook da Embraer também contém análises do mercado para aeronaves de carga e cita novas oportunidades resultantes do crescimento, projetado no comércio online para os small narrowbodies cargueiros.

O tráfego mundial de passageiros, medido em receita por passageiros por quilômetros (RPK), retomou aos níveis de 2019, exceto na região Ásia-Pacífico/China. A previsão é de que os RPKs cresçam 4% anualmente até 2043.  Veja os números da Embraer a seguir.

 

Ranking da taxa de crescimento regional anual da RPK 

5,0% Ásia-Pacífico (inclui China)

4,9% América Latina

4,4% África

4,4% Oriente Médio

3,3% Europa

2,4% América do Norte

 

Participação da RPK até o final de 2043

38% Ásia-Pacífico

38% Europa + América do Norte

 

Demanda global por novas aeronaves de até 150 assentos

10.500 unidades

8.470 jatos

2.030 turboélices

 

Valor de mercado de todas as novas aeronaves

US$ 640 bilhões

 

Entrega de jatos – 8.470 

2.610 América do Norte (30,8%)

2.260 China/Ásia-Pacífico (26,7%)

2.110 Europa/CIS (24,9%)

770 América Latina (9,1%)

380 África (4,5%)

340 Oriente Médio (4,0%)

 

Entregas de turboélices - 2.210

980 China/Ásia-Pacífico (48,3%)

(% de participação) - por região

350 América do Norte (17,2%)

290 Europa/CIS (14,3%)

220 África (10,8%)

160 América Latina (7,9%)

30 Oriente Médio (1,5%)