Uma fala antológica no Brasil moderno, atribuída ao ex-Ministro da Fazenda Pedro Malan, é: “No Brasil, até o passado é incerto”.
O fato é que no Brasil existem coisas muito peculiares que nos fazem acreditar no fato de que “o passado é incerto” e, se o passado é incerto, como deve ser o futuro? Eu, brasileiro nato, otimista por excelência, continuo acreditando que o futuro é muito melhor.
Nas palavras de Jordan B Peterson: “O passado é fixo, mas o futuro… pode ser melhor”. Hoje vivemos o futuro da década de 1990 e, você há de concordar comigo: vivemos melhor. Sim, eu vejo um presente muito melhor do que foi o passado.
Agora, há muitos problemas... há riscos. Costumamos chamar esse risco de “Risco Brasil”, que não é o risco país propriamente dito. Estamos falando do risco de acontecerem coisas que só acontecem no Brasil.
Imagine que você está em um dia quente, andando pela orla do Leblon. Ao fundo, você tem a vista do Morro Dois Irmãos e o sol começa a se pôr. Uma canção de Bossa Nova a tocar. Sim, é o Rio de Manoel Carlos.
Está tudo ótimo, porém, o chão começa a tremer, os prédios começam a se mover. É um terremoto. Podemos afirmar que não há esse risco no Brasil.
Temos de outros tipos: Em 2017, vazaram informações de uma conversa entre Joesley Batista e o ex-presidente Michel Temer.
No dia seguinte, a Bolsa caiu 8,8% com a possibilidade da renúncia do presidente. O S&P 500, na mesma data, subiu 0,37% e o dólar 7,5%. E se eu te disser que de 2013 até 2017 o S&P 500 rendeu 54% enquanto o IBOVESPA rendeu −40%?
Perdemos uma boa oportunidade enquanto o mundo vivia um momento positivo. É triste.
Neste ponto, ficou mais clara a questão do risco Brasil e da necessidade da diversificação internacional? Buscar ativos descorrelacionados é importante para manter uma carteira saudável.
Gostaria que você, caro leitor, considerasse a diversificação internacional. Encerro aqui com a expectativa de ter cumprido minha missão de lhe fazer pensar mais sobre riscos e diversificação.