Mais de três meses após o salário dos servidores ser reajustado em 4%, a Prefeitura de Taubaté reajustou também, no mesmo percentual, as faixas salariais para a concessão dos benefícios de reembolso de despesas com plano de saúde e do cartão cesta básica.
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Com o reajuste nas faixas, o teto para o recebimento do cartão cesta básica passou de R$ 2.784,18 para R$ 2.895,55. No caso do reembolso de despesas com plano de saúde, as quatro faixas foram reajustadas em 4% - com isso, o teto para o benefício passou de R$ 6.960,25 para R$ 7.238,66.
A demora da Prefeitura em reajustar as faixas fez com que centenas de servidores ficassem, temporariamente, sem os benefícios. Em março, por exemplo, 2.386 servidores tiveram direito ao reembolso do plano de saúde. Em maio, foram 2.247 - uma redução de 139. Com relação ao cartão cesta básica, a queda nesse intervalo foi de 2.410 para 2.256 - uma diminuição de 154 funcionários.
O reajuste nos salários foi aplicado a partir de 1º de abril. No fim de maio, a Câmara aprovou um requerimento da vereadora Elisa Representa Taubaté (Novo) que questionava o não reajuste das faixas dos benefícios. Na resposta ao Legislativo, em 24 de junho, a Prefeitura não informou uma previsão de quando seria feita a revisão das faixas.
Na última quarta-feira (10), a reportagem questionou por que a Prefeitura ainda não havia feito o reajuste das faixas. O prazo para resposta era até o dia seguinte. Na quinta-feira (11), no entanto, o Departamento de Comunicação solicitou um dia adicional para responder. Nessa sexta-feira (12), os decretos para reajuste das faixas foram publicados no diário oficial.
Somente após a publicação dos decretos, o Departamento de Comunicação enviou a resposta à reportagem. Mas a nota se limitava a informar que os decretos haviam sido publicados, sem explicar por qual motivo a Prefeitura demorou mais de três meses para fazer o reajuste das faixas dos benefícios.
Apesar do reajuste nas faixas, a Prefeitura não promoveu a revisão dos valores dos benefícios. No caso do reembolso de despesas com plano de saúde, por exemplo, o valor pago, que varia de R$ 160,91 a R$ 321,81 (a depender da faixa salarial), é o mesmo desde março de 2021. A inflação acumulada desde então é de 23,4% - ou seja, os valores já deveriam variar de R$ 198,66 a R$ 397,30.
Já o valor mensal do cartão cesta básica, de R$ 178,11, é o mesmo desde julho de 2022. A inflação acumulada desde então é de 7,5% - ou seja, o valor já deveria ter sido corrigido para R$ 191,51.
A reportagem questionou por qual motivo os valores dos benefícios não são reajustados desde 2021 (plano de saúde) e de 2022 (cartão), mas a Prefeitura não respondeu.