Conquistando cada vez mais clientes ao redor do mundo, o C-390 Millennium da Embraer vai disputar um mercado potencial para cerca de 490 aeronaves semelhantes nos próximos 20 anos. O valor desse mercado é estimado em US$ 60 bilhões -- R$ 325,8 bilhões na cotação atual.
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O valor ainda exclui os aproximadamente 260 aviões de transporte tático atualmente em serviço, muitos dos quais têm mais de 45 anos e estão perto de serem aposentados.
Desde seu lançamento, a Embraer já entregou nove aeronaves C-390, sendo seis para o Brasil, dois para Portugal e um para a Hungria. A carteira de pedidos firmes da aeronave passa de US$ 2,5 bilhões.
Além desses três países, a Coreia do Sul fechou um pedido firme de três aeronaves em dezembro. Áustria, Holanda e República Tcheca já sinalizaram que têm a intenção de fazer pedidos, que somariam mais de US$ 4 bilhões.
A Embraer também disputa um contrato que pode mudar de patamar as vendas da área de defesa. Trata-se de fornecer o avião para a Força Aérea da Índia, que pode comprar até 80 aeronaves.
“Naquela categoria é um avião muito moderno, estado da arte e acho que vai despertar muito interesse das forças aéreas pelo mundo. A Índia abriu processo para comprar até 80 nessa categoria e fechamos acordo para trabalhar junto com a Mahindra e conseguir esse contrato”, disse Francisco Gomes Neto, CEO e presidente da Embraer.
O acordo com a empresa indiana Mahindra vai ajudar no cumprimento dos requisitos da Força Aérea Indiana para a aquisição de aeronaves de transporte médio multimissão, categoria do C-390 Millennium.
Para mensurar a importância desse contrato com a Índia, o CEO da Embraer disse que, atualmente, com todas as ordens de venda, a Embraer tem cerca de 40 aviões C-390 Millennium vendidos, entre aeronaves entregues e encomendadas.
“O contrato da Índia seria mais do que dobrar [essa produção], então é superimportante para a Embraer e para a indústria de defesa do Brasil. Mas também estamos trabalhando em várias outras frentes”, afirmou.
Uma dessas frentes é com a Arábia Saudita, que pode ser a porta de entrada para o C-390 Millennium no mercado do Oriente Médio.
Outra frente é com os Estados Unidos, a Suécia e outros quatro países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Todos estão no foco da Embraer para a venda do cargueiro tático C-390 Millennium.
Neste caso, trata-se de uma configuração que traz tecnologias exclusivas para as nações pertencentes à Otan. A informação é do CEO da Embraer Defesa e Segurança, João Bosco Costa Júnior, durante o Embraer Media Day 2024.
“Nós queremos nos tornar parceiros do governo dos Estados Unidos. Se eles tiverem qualquer tipo de requerimento para uma versão dedicada do KC-390, com air refueling boom, por exemplo, nós estamos prontos para colaborar no desenvolvimento”, disse o executivo.
Para atingir os requisitos da Otan, a Embraer já desenvolveu para Portugal, República Tcheca, Holanda e Hungria soluções específicas, sobretudo no campo da comunicação.