Com expectativa de gerar 300 empregos, a rede Oxxo inaugura sua primeira loja no Vale do Paraíba nesta quarta-feira (3) e dá início a um plano ousado: abrir um total de 30 lojas em São José dos Campos, Taubaté e Jacareí no prazo de um ano. Uma média de três a cada mês, aproximadamente.
A afirmação foi feita por David Pestana, diretor de expansão do Grupo Nós, em entrevista exclusiva à OVALE. O grupo nasceu de uma joint venture entre a Raízen, da Shell, e Femsa, da Coca-Cola.
Se engana quem pensa que o nome de difícil compreensão seja impeditivo para a expansão de uma marca que vem se popularizando no Brasil nos últimos anos. A Oxxo, que se fala ó-quis-sô, já chegou a mais de 500 lojas em São Paulo. “Nós brincamos, mas pode chamar do que quiser. Estamos acostumados com a curiosidade, no hippie, gera curiosidade, de como pronúncia, é um canal novo no Brasil”, disse Pestana, em entrevista exclusiva à OVALE.
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Nesta quarta-feira (2), a Oxxo começa a desbravar o Vale e abre sua primeira loja em São José dos Campos. Localizada no cruzamento da avenida Adhemar de Barros, com a rua Paulo Becker, o espaço de pouco mais de 100 metros quadrados promete uma variedade de cerca de dois mil produtos de uma espécie de supermercado, misturado com padaria e uma conveniência. De acordo com David, a Oxxo da Adhemar de Barros é a primeira de pelo menos 30 unidades que serão abertas em São José dos Campos, Jacareí e Taubaté. Todas serão inauguradas em um ano, prazo que terá média meteórica de quase três inaugurações por mês. A expectativa é de gerar 300 vagas de trabalho na região.
“Não dá para negar que é um movimento rápido. Mas quando eu olho para frente, quando olho a expectativa da empresa. Mas quando chegar lá na frente, quando olhar para trás, vamos achar pouco”, comenta David.
Das 30 unidades, cerca de 18 serão em São José dos Campos, maior cidade do Vale. “A gente já namorava o Vale do Paraíba há muito tempo. É uma região muito importante para gente. Já São José é uma cidade muito versátil. É uma cidade que tem uma pegada universitária, de tecnologia, é muito legal. Essa pujança industrial também é muito representativa. Tem tudo a ver com a Oxxo”, revela Pestana.
O executivo não crava os endereços que serão abertas as novas unidades em São José dos Campos, mas deu dicas de onde elas devem estar. Uma das ruas que circundam a Johnson y Johson e outra nas proximidades da Univap, no Urbanova. “Nós temos um estudo amplo, repleto de informações que nos municiam de onde vamos chegar. Não é nada feito de forma repentina. Fazemos sem a possibilidade de errar”, disse Pestana. Outros bairros como Aquárius e Satélite são vistos com atenção.
O conceito da Oxxo é juntar toda a comodidade de um lugar não muito grande, em média 100 metros quadrados, que tenha um mix de produtos relevantes, sem necessidade de ter estoque, pão fresco, bebida gelada e funcionar 24 horas por dia. Além disso, a escolha dos locais, lojas não muito distantes uma das outras, são pontos seguidos pelo grupo. A distribuição dos produtos é coordenada e sai geralmente de Cajamar, em São Paulo. “Vamos ser amigos dos moradores das cidades. Temos a capacidade de funcionamento 24 horas. E em todas as lojas o movimento na madrugada é muito significativo. É muito forte”, disse David.
POLÊMICA
Se o público e clientes ficam satisfeitos com a chegada de lojas da Oxxo, o mesmo não se pode dizer de comerciantes e concorrentes que se sentem incomodados com a presença marcante da rede. Mas o executivo afirma que não há motivos para polêmica, tampouco de crise entre eles. “Concorrência é sempre muito bem-vinda. Nosso preço é justo. Nosso posicionamento é a proximidade do público. O que é o modelo da Oxxo, não existe e um concorrente direto. Isso traz duas reflexões. Primeiro quem ganha é o consumidor, além de ter todos os outros, vai ter a Oxxo. E segundo, isto permite a concorrência livre. A Oxxo não vai quebrar nada nem ninguém, vai quebrar só a atenção dos consumidores. A gente quer ser o bonzinho”, afirma David.