A partir deste mês de julho, a conta de energia elétrica sofrerá acréscimo devido ao acionamento da bandeira tarifária amarela, que sinaliza condições menos favoráveis para a geração de energia no país.
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De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), os consumidores pagarão R$ 1,88 a mais a cada 100 kWh consumidos, valor aprovado em março deste ano. O acionamento da bandeira amarela em julho acontece após 26 meses de bandeira verde.
A bandeira amarela foi acionada devido à previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano, cerca de 50% abaixo do esperado. Além disso, há uma expectativa de aumento na demanda de energia durante o mesmo período.
A escassez de chuvas, combinada com um inverno mais quente do que a média histórica, força o acionamento das termelétricas, cuja energia é mais cara em comparação com as hidrelétricas. Os fatores determinantes para essa decisão incluem o GSF (risco hidrológico) e o aumento do PLD (Preço de Liquidação de Diferenças.
O impacto nas contas dos consumidores será perceptível já no próximo mês. Para um consumo médio de uma residência urbana, que varia entre 150 kWh e 200 kWh (sem ar-condicionado), a conta terá um acréscimo de aproximadamente R$ 2,83 a R$ 3,77. Por exemplo, uma família que consome 200 kWh por mês verá sua conta aumentar de R$ 120,00 para R$ 121,89, considerando uma tarifa de R$ 0,60 por kWh.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo informar aos consumidores sobre os custos variáveis da geração de energia, permitindo uma gestão mais consciente do consumo.
Antes desse sistema, os custos adicionais eram repassados apenas nos reajustes anuais, sem que o consumidor tivesse ciência do aumento momentâneo no preço da energia.