08 de novembro de 2024
TRANSPORTE PÚBLICO

Sem reajuste 'decente', ônibus no Vale vão parar, diz sindicato

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Tanda Melo/Sindicato dos Condutores
Sindicato ameaça parar os ônibus no Vale

Indecente.

É desta forma que o sindicato, que ameaça parar os ônibus nas três maiores cidades do Vale do Paraíba, classifica a proposta de reajuste salarial para a categoria. Trabalhadores do transporte público podem entrar em greve em São José dos Campos, Taubaté e Jacareí nesta semana, de acordo com o 'Pé de Chumbo', boletim do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba.

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Segundo a categoria, os empresários das empresas de ônibus estão "desconsiderando a campanha salarial" e "questões relacionadas ao transporte público".

O sindicato definiu como "indecente" a proposta das empresas, que inclui um reajuste de 2% nos salários e benefícios. A publicação da categoria também revelou que uma equipe de consultoria foi contratada pelas empresas para negociar com os trabalhadores, o que gerou ainda mais descontentamento entre os sindicalistas.

Uma nova reunião com o Sindicato Patronal, a Busvale, está marcada para quinta-feira (13). Caso não seja apresentada uma “proposta decente”, o sindicato alerta para a possibilidade de uma greve de ônibus nas três cidades da região, afirmando que a reação dos trabalhadores será "inevitável".

O sindicato destaca que a data-base da categoria é 1º de maio e que a proposta aprovada pelos trabalhadores em assembleia foi protocolada junto ao Sindicato Patronal em fevereiro. Após três meses de espera, os sindicalistas afirmam que a pauta foi negligenciada e que o sindicato patronal apresentou um “pacote de maldades” que retira direitos da categoria.

Entre as perdas de benefícios apontadas pelos trabalhadores estão a retirada do vale-alimentação durante as férias e para funcionários afastados. O sindicato reafirma que vai lutar por um aumento real e que, caso não haja acordo, a greve pode ser deflagrada a partir de sexta-feira (14).

A Busvale, que representa as empresas foi procurada pela reportagem e até o momento não se manifestou a respeito da campanha salarial.