Os professores da rede estadual de ensino vão decidir em assembleia, marcada para esta sexta-feira (26), se vão entrar em greve para forçar o governo estadual a dar início à negociação salarial com representantes da categoria. A assembleia, também, incluiu os movimentos recentes da Secretaria Estadual de Educação, como a implementação de ferramentas de inteligência artificial para a elaboração de materiais didáticos e aulas, na pauta do movimento. A informação foi confirmada pela deputada estadual Professora Bebel (PT), que ocupa o cargo de segunda presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
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A assembleia foi marcada pela Apeoesp para acontecer às 16h da sexta-feira na Praça da República, em São Paulo Capital, na frente da sede da Secretaria Estadual de Educação. Com relação aos salários, os professores reivindicam reajuste do piso nacional do salário base, além da estabilidade de para os professores das categorias F e O e direitos empregatícios para os professores da categoria O. O sindicato reivindica, também, o pagamento imediato do ALE (adicional de Local de Exercício), fim do uso de plataformas digitais nas aulas, fortalecimento do Iamspe, além de manifestarem contra o corte de verbas da educação e contra a criação de escolas cívico-militares.
De acordo com a deputada estadual Professora Bebel, os professores não suportam mais a chamada “plataformização” da gestão da rede estadual. Segundo a parlamentar, os professores tem sido coagidos a seguir uma política educacional digitalizada, já que “por meio do aplicativo sou.sp.gov.br, do Centro de Mídias e de outros instrumentos digitais, os burocratas da Secretaria Estadual da Educação vigiam, fiscalizam, direcionam e ameaçam professores para que sigam cegamente a política educacional digitalizada do secretário estadual da Educação, Renato Feder”, argumentou. “Essa política foi aprofundada com a publicação de portaria do Coordenador da Coordenadoria Pedagógica da Secretaria Estadual da Educação, obrigando diretores, supervisores e coordenadores a prestar um suposto apoio presencial na sala de aula, que não passa de mais vigilância sobre professores e estudantes, prejudicando a naturalidade e a liberdade que caracterizam a relação entre professores e estudantes no processo ensino-aprendizagem”, completou.
Para a deputada, a questão da defasagem salarial e os ataques aos direitos dos professores são “parte da política de extrema-direita do governador Tarcísio de Freitas e do secretário Renato Feder”. “A política deles é de desrespeito, precarização e desmonte da educação e dos serviços públicos, de restrição da liberdade de ensinar e aprender nas salas de aula e uma proposta educacional que empobrece o currículo, negando o direito a uma educação de qualidade no Estado de São Paulo”, completa a deputada.
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