Um portal afiliado à rede
18 de maio de 2024

INDÚSTRIA

Com liderança de Pinda, Vale aumenta participação na metalurgia paulista, diz Seade

Região teve um crescimento de 58% na participação do VTI (Valor da Transformação Industrial) para o segmento da metalurgia; Pinda lidera setor no estado desde 2012

Por Xandu Alves
São José dos Campos

21/04/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Xandu Alves / OVALE

Painel de controle produção na Gerdau, em Pindamonhangaba

O Vale do Paraíba foi a região com maior aumento percentual de participação no VTI (Valor da Transformação Industrial) da metalurgia paulista, entre 2007 e 2021, segundo pesquisa da Fundação Seade.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.

A região passou de 15,8% de participação no VTI da metalurgia para 25%, um salto de 58%. No mesmo período, a Região Metropolitana de São Paulo caiu de 41,7% para 32,1% (-30%).

Outras regiões do interior também tiveram aumento substancial, mas abaixo do percentual do Vale. A região de Campinas aumentou a participação em 49,5%, de 11,7% para 17,5%, e a de Sorocaba em 29,4%, subindo de 11,9% para 15,4%.

Segundo o Seade, o VTI corresponde à diferença entre o valor bruto da produção industrial (VBPI) e o custo com as operações industriais (COI). O VBPI é a soma das vendas de produtos e serviços industriais, variação dos estoques dos produtos acabados e em elaboração, e produção própria realizada para o ativo imobilizado.

PINDAMONHANGABA

A performance positiva da RMVale deve-se, especialmente, ao desempenho de Pindamonhangaba, cidade que lidera, desde 2012, o ranking de participação no VTI da metalurgia em todo o estado de São Paulo, chegando a 20,3% em 2021.

Segundo o Seade, a variação do município foi de 50% entre 2011 e 2021, passando do segundo para a primeira colocação a partir de 2012.

“Entre os municípios, sobressai Pindamonhangaba, que vem liderando a metalurgia no Estado de São Paulo desde 2012. Em 2021, obteve seu melhor resultado em três anos, com o VTI de R$ 5,9 bilhões, que significa 20,3% do total paulista”, informou o Seade.

Alumínio é a cidade na segunda colocação, com participação de 7,9% e variação de 23,5%, menos da metade de Pinda.

São José dos Campos aparece na 12ª posição do ranking com 2,5% de participação do VTI da metalurgia paulista, com crescimento de 49,28% entre 2011 e 2021.

EMPREGOS

Os empregos na metalurgia reduziram-se em quase todo o estado. A RM São Paulo concentrou a maioria dos trabalhadores formais durante o período analisado, embora recuando em termos absolutos (de 40,9 mil para 19,5 mil empregos) e relativos (de 44,4% para 36,8%), a exemplo do que ocorreu na RA de Santos (de 5,6 mil para 1,7 mil e de 7,5% para 3,2%).

A participação aumentou nas regiões de Campinas (de 16,7% para 19,9%), Sorocaba (de 12,4% para 15,1%) e São José dos Campos (de 9,9% para 14,0%).

Indústria estratégica de base, a metalurgia fornece produtos para outros segmentos industriais, entre os quais embalagens, transportes, construção civil, energia elétrica, bens de consumo duráveis e máquinas e equipamentos.

Segundo estado no ranking nacional da metalurgia, São Paulo fica atrás apenas de Minas Gerais. Juntos, esses dois estados representam cerca de metade do VTI do Brasil.