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18 de maio de 2024

CAMPO DOS ALEMÃES

Polícia investiga suspeita de aborto na zona sul de São José

Aborto teria ocorrido na zona sul e a investigada é uma jovem de 25 anos, que estava com cerca de três meses de gestação. Investigada, ela disse que não sabia que estava grávida

Por Da redação
São José dos Campos

15/03/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Reprodução

3º DP de São José

A Polícia Civil investiga um suposto caso de aborto ocorrido na noite da última segunda-feira (11) no Campo dos Alemães, na zona sul de São José dos Campos. O caso foi registrado no 3º DP (Distrito Policial), no Conjunto 31 de Março. 

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O aborto teria ocorrido em uma casa do bairro e a investigada é uma jovem de 25 anos, que estava com cerca de três meses de gestação. Ela teria se sentido mal durante a noite e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado.

Ao chegarem ao imóvel, os socorridas teriam se surpreendido com o volume de sangue encontrado na casa e então comunicaram a Polícia Militar, que preservou o local, até a realização da perícia.


Às autoridades, a jovem negou ter feito um aborto e afirmou que não sabia que estava grávida. A polícia investiga o caso.


No país, o aborto induzido é considerado crime contra a vida humana previsto pelo Código Penal Brasileiro.

Fazer um aborto induzido pode acarretar em detenção de um a três anos para a mãe que causar o aborto ou que dê permissão para que outra pessoa o cometa. Neste último caso, a pessoa que realizou o procedimento pode pegar de um a quatro anos de prisão.

Quando o aborto induzido é provocado sem o consentimento da mãe, a pessoa que o provocou pode pegar de três a dez anos de reclusão. O aborto no Brasil somente não é qualificado como crime em três situações: quando a gravidez representa risco de vida para a gestante; quando a gravidez é o resultado de um estupro; quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro.

JUSTIÇA.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, disse no fim de 2023 que não deve pautar o julgamento sobre a descriminalização do aborto em curto prazo. Segundo o ministro, o debate sobre a questão ainda não está amadurecido no país para ser retomado pela Corte. Em setembro passado, o julgamento foi suspenso após a ministra Rosa Weber votar a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

"Não pretendo pautar em curto prazo. Vou pautar em algum momento, mas não pretendo pautar em curto prazo porque acho que o debate não está amadurecido na sociedade brasileira, e as pessoas ainda não têm a exata consciência do que está sendo discutido", afirmou.

No entendimento de Barroso, a sociedade pode ter opinião contrária ou a favor ao aborto, mas, segundo ele, nenhum país desenvolvido do mundo criminaliza o aborto. "Ninguém acha que o aborto é uma coisa boa. O Estado deve evitar o aborto. A discussão que se coloca é saber se a mulher que teve o infortúnio de fazer o aborto deve ser presa, que é consequência da criminalização", afirmou.

*Com informações da Agência Brasil e da página Olho Vivo do Vale.