Um portal afiliado à rede
17 de maio de 2024

IDEIAS

O que não muda nunca

Entender que precisamos de “margens de erro” em nossos planos e dar espaço à estatística aumenta muito nossas chances de êxito.

São José dos Campos

08/01/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Feliz 2024! Ano novo, vida nova. Novas metas, objetivos. Isso é muito importante para renovar o fôlego e mirar novos horizontes. Essa época de festas, fim de ano e início de novo ano sempre nos incita a pensar em coisas novas, mas, pode ser igualmente válido entender o que devemos manter. O que não deve mudar. O que não irá mudar (talvez nunca).

Poucas são as coisas que nunca mudam, mas elas têm algo em comum: são intrínsecas à nossa existência. Nossas emoções, como medo, ganância, esperança, pessimismo, estarão sempre presentes em nossos dias, semanas, meses e anos. Desde o início de nossa espécie até o final dela. Então, pode fazer sentido buscar entendê-las um pouco melhor e entender o seu impacto em nossas tomadas de decisão.

Quem já visitou, a caráter profissional, um psicólogo por algumas vezes, provavelmente ouviu que “a impermanência é a coisa mais permanente que existe”. Não queremos hoje exatamente as mesmas coisas que queríamos ontem. Mudamos o tempero da comida, mudamos de emprego, mudamos de país. Mudamos de opinião! Tudo isso com base em... sentimentos. O mundo é um lugar bem menos racional do que se imagina.

Você deve estar se perguntando: o que todo esse papo “zen” tem a ver com investimentos? Afinal essa coluna tem esse tema central. A resposta é: absolutamente tudo!

Entender que precisamos de “margens de erro” em nossos planos e dar espaço à estatística aumenta muito nossas chances de êxito. Jim Grant, escritor norte-americano famoso no campo de finanças, afirmou certa vez: “Supor que o valor de uma ação irá subir ou cair, apenas baseando-se em expectativa de lucros e juros, é esquecer que as pessoas já queimaram bruxas, defenderam Joseph Stálin e acreditam que marcianos pousaram na Terra.”.

A narrativa tem um poder absurdo sobre os nossos sentimentos e, claro, sobre como reagiremos às situações. Portanto, neste novo ano, eu te desejo muita clareza e temperança sobre como você avalia o impacto dessas emoções em você mesmo e nas decisões que toma sobre o seu patrimônio, com a esperança de que, ao ter tal clareza, consiga tomar melhores decisões, filtrar melhor as informações e selecionar melhor em quem confia.