26 de dezembro de 2024
VIOLÊNCIA

Mulher grávida tem casa destruída pelo ex-marido na zona Norte de Franca 

Por Igor Araújo | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
WhatsApp/GCN
Casa ficou com os móveis destruídos após ataque do ex

Uma mulher de 23 anos, grávida de 4 meses, teve sua casa destruída pelo ex-marido no Jardim Portinari, zona Norte de Franca, no último sábado, 2. A vítima diz que foi casada por oito anos com o homem e que terminou o relacionamento há dois meses porque já não aguentava mais as ameaças e agressões sofridas. Ele é o pai da criança que a mulher espera.

A mulher informou que, no último sábado, estava na casa de sua avó, quando recebeu uma ligação de vídeo de seu ex e resolveu não atender. Mas, depois de muita insistência, ela aceitou a ligação.

Quando entrou na chamada, o homem disse que teria uma "surpresa" a esperando quando chegasse em casa. Ao voltar para a residência, se deparou com a casa toda revirada, móveis e televisão quebrados.

"Eu atendi, ele queria saber onde eu estava. Eu falei que eu não ia falar, aí ele falou que não tinha nada a perder, quando eu chegasse em casa, ia ter uma surpresa. Quando eu cheguei na minha casa, ela estava toda destruída, meus móveis rasgados, guarda-roupa quebrado, televisão quebrada", disse a mulher.

"Eu liguei no 190, a polícia me informou que não podia fazer nada, que eu não estava correndo risco, porque eu não estava dentro da casa. Aí eu liguei na Patrulha da Maria da Penha, falaram para vir fazer um boletim de ocorrência, é onde que eu estou, aqui na delegacia, esperando para fazer o boletim de ocorrência" afirmou a mulher.

Ela também conta que tem medo de morrer, já procurou ajuda do Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) e do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), e não sabe mais qual medida tomar.

"Eles (a polícia) devem estar esperando eu morrer dentro de casa para tomar uma atitude, porque tem que esperar agora o juiz para definir o que faz com ele. Estou grávida, tem meu menino, estamos correndo risco de vida e não tem como ficar em casa, porque ele destruiu a casa toda praticamente. Sou eu quem sustento o meu filho. Fui pedir ajuda e ninguém pode me ajudar porque tem que provar que eu não estou com ele. Enquanto eu não provar, eu não consigo ajuda do governo, de ninguém, e está difícil a situação", afirmou a mulher, desesperada.

A vítima conta que seu ex-marido já foi preso por infringir a Lei Maria da Penha, ficando dois meses, e saiu. Ela conta que as agressões começaram por conta do trabalho. Ela alega que sempre disse para ele procurar um emprego, pois não consegue sustentar a casa sozinha, e a partir disso iniciaram as agressões.

"Essa é a justiça que a gente tem no Brasil. Ele não gosta de trabalhar, tanto é que as agressões são em questão de serviço, eu falo pra ele procurar um serviço, que eu não estou dando conta de sustentar ele, sustentar a casa, é onde que ele vem para cima de mim e me agride, porque ele gosta da vida fácil, gosta do mundo do crime, e eu não aceito, aí é onde que toda vez é agressão", afirma.

Nesta terça-feira, a vítima foi até a DDM (Delegacia da Mulher) de Franca para registrar novamente a ocorrência e tentar algum auxílio e proteção contra seu ex-marido.

Matéria atualizada às 17h58