Organização Meteorológica Mundial prevê que 2024 seja ano mais quente do que 2023
Por Da redação
São José dos Campos
27/11/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Divulkgação / Adenir Britto / PMSJC
A onda de calor recorde registrada no Vale do Paraíba e na RM Campinas em 2023 vai se repetir e pode ficar mais intensa até abril de 2024. Ou seja, o próximo verão tem potencial de ser ainda mais quente nas duas regiões metropolitanas.
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O motivo é que o fenômeno climático El Niño, que normalmente está relacionado ao aumento de temperaturas, continuará atuando até o primeiro quadrimestre do ano que vem, segundo previsão da OMM (Organização Meteorológica Mundial), sediada em Genebra, na Suíça.
Para piorar a situação, o órgão sinaliza que o próximo ano será mais quente do que 2023 – que registrou temperaturas de 40ºC em São José dos Campos e até 46ºC em Caraguatatuba.
EL NIÑO
Na atualização regular sobre o fenômeno climático, a OMM destaca que o El Niño começou em meados deste ano, mantendo uma regularidade entre nove e 12 meses.
“O fenômeno contribuirá para um aquecimento ainda maior das temperaturas tanto na superfície da terra quanto nos oceanos”, diz relatório da entidade.
De acordo com a OMM, o El Niño em 2023 se desenvolveu rapidamente entre julho e agosto, atingindo força moderada em setembro, devendo atingir o seu pico entre novembro e janeiro, com probabilidade de persistir ao longo do verão e do começo do outono no Hemisfério Sul.
A diminuição da intensidade deverá ocorrer durante a primavera no Hemisfério Norte. O relatório da OMM se baseou em dados de previsões meteorológicas e de especialistas de todo o mundo.
O El Niño ocorre de forma periódica, mas irregular, com intervalos entre dois e sete anos. O fenômeno tem impacto na temperatura global, especialmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento.
MAIS QUENTE
Na atual situação, o pior ano será o de 2024, conforme destaca o relatório assinado pelo secretário-geral da OMM, o finlandês Petteri Taalas.
“Como resultado dados temperaturas recordes da superfície e dos oceanos desde junho, 2023 deverá ser o ano mais quente já registrado, mas a previsão é de que o próximo será ainda mais quente”, disse o finlandês.
Taalas explicou, contudo, que a onda de calor intenso não se deve apenas ao El Niño, mas também ao aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa, provocados pela atividade humana.
O especialista da OMM disse que fenômenos extremos como ondas de calor, secas, incêndios e inundações devem aumentar em algumas regiões, provocando grandes impactos sociais e econômicos.