Um homem que pilotava um jet ski em São Sebastião foi filmado fazendo manobras perto do animal; a suspeita é que o piloto era Bolsonaro
Por Da redação
São José dos Campos
18/11/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
A Polícia Federal abriu um Inquérito para investigar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) importunou uma baleia jubarte – o que é crime no Brasil – durante um passeio de jet ski no litoral de São Sebastião, em junho deste ano.
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A informação foi publicada no diário oficial do MPF (Ministério Público Federal) nesta sexta-feira (17). O órgão instaurou um processo administrativo para acompanhar a investigação.
Um homem que pilotava um jet ski em São Sebastião foi filmado fazendo manobras perto do animal. A suspeita é que o piloto era Bolsonaro.
De acordo com o documento do MPF, assinado pela procuradora da República Marília Soares Ferreira, Bolsonaro é suspeito de um "possível crime de importunação intencional de espécies de cetáceos", previsto em uma lei de 1987 que proíbe a pesca de animais como baleias e golfinhos nas águas jurisdicionais brasileiras.
O MPF destaca ainda que o fato foi constatado a partir de vídeos postados em redes sociais, que mostram uma pessoa conduzindo um jet ski a cerca de 15 metros da baleia jubarte.
Em agosto, Wagner Teixeira (Avante), vereador de São Sebastião, foi multado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em R$ 2,5 mil pelo mesmo motivo: "molestar de forma intencional uma baleia".
Neste sábado (18), durante evento do PL Mulher em Porto Alegre, Bolsonaro ironizou o inquérito que o investiga e fez uma fala gordofóbica direcionada ao ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério. É aquela que diz que eu queria dar um golpe no dia 8 de janeiro, mas aquela baleia some com vídeos do seu ministério”, disse Bolsonaro.
Em agosto, o Ministério da Justiça informou que não tem gravações armazenadas, pois os vídeos são apagados após 30 dias, como previsto em contrato com a empresa responsável pelo circuito interno do Palácio da Justiça.