23 de dezembro de 2025
INVESTIGAÇÃO

'Fiz, agora tenho que pagar', diz filho que matou os pais por não poder fazer tatuagem

Por Redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/arquivo pessoal
José e Euzi Calixto foram encontrados mortos no dia 25 e 26 de setembro

Em depoimento à polícia, o jovem, de 26 anos, que confessou ter matado os pais por não poder fazer tatuagens e usar brincos, disse que se arrependeu. “Fiz, agora tenho que pagar”. Com respostas curtas e diretas, o rapaz contou como cometeu o crime no final de setembro, em São José dos Campos. O jovem cumpre a sentença em um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Franco da Rocha.

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A confissão do rapaz foi gravada pela irmã e uma terceira pessoa. No vídeo, a menina questiona o rapaz sobre o que aconteceu e ele confessa o crime. A gravação foi entregue pela própria irmã para o delegado Rafael Pelizzola, que é responsável pelo caso.

"Ele é uma pessoa que não expressa muito os sentimentos. Foi complicado o interrogatório, tudo o que perguntamos ele apenas confirmava. No final quando questionei se ele estava arrependido, ele disse que sim e que agora precisava pagar. Disse também que não tem nada contra os pais, mas que eles não o deixavam fazer tatuagem e nem colocar brincos", falou.

No dia do crime, o casal estava acompanhando uma obra no forro da cozinha de uma casa que possuíam em Paraibuna. No depoimento, o rapaz contou que empurrou a mãe, Euzi Calixto, de 62 anos, que não sabe nadar, em uma represa e que depois aplicou um golpe característico do jiu-jitsu, no pai, José Calixto, de 70 anos.

Euzi foi achada morta no dia 25 de setembro, em um trecho da represa que passa próxima à rua dos Curiós, no bairro Colinas, e o marido foi encontrado no dia seguinte.

José e Euzi, eram muito ligados à Igreja Católica. Os idosos foram homenageados com diversas postagens nas redes sociais pela paróquia da qual faziam parte.

Apesar de não ter antecedentes criminais, familiares relataram que o rapaz já havia agredido a mãe. Na última semana, após uma análise dos laudos médicos enviados pela família, o jovem foi transferido para um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Franco da Rocha.

De acordo com o delegado, será apurado pelo poder judiciário se ele é inimputável - não pode ser responsabilizado penalmente sobre o que aconteceu por conta de alguma doença mental - ou não. Caso seja comprovado que sim, o juiz pode decretar uma internação definitiva.