Sou um Golden muito feliz e levado'. É assim, com essas doces palavras e divertidas, que a biografia do Instagram descreve Churros, o golden retriever alegre e apaixonado por crianças que foi morto a tiros por um subtenente aposentado da PM (Polícia Militar) de Minas Gerais no último sábado (9), na Praia do Morro, em Guarapari (ES).
Na bio do perfil do Instagram que era dedicado ao Churros, mostrava o quão carinhoso era o animal. "Sou um Golden muito feliz e levado, me chamo Churros e gosto muito de carinho". No perfil é possível ver as imagens do cão brincando com crianças desde que era filhote, onde continuou sendo carinhoso até sua morte.
Na conta do instagram dedicada a mostrar o dia a dia do cachorro, “meugoldenchurros”, seus tutores contaram que Churros, de 3 anos, passeava pela praia com a tutora, Iasmin Lima, de 32 anos e as crianças de 9 e 12 anos, seus irmãos, quando teria pulado em um subtenente aposentado, que teria se assustado. Logo depois, o policial teria sacado a arma e dito "vou matar o seu cachorro". Então, de acordo com as testemunhas, ele teria apontado a arma, enquanto as crianças imploravam pela vida de Churros, e atirado três vezes contra o animal.
"Todos imploraram, mas as crianças foram as que mais pediram, pelo amor de Deus, pra ele não fazer nada, para não atirar. Mas, ele continuou com a arma apontada na nossa direção, nos intimidando, correndo um grande risco de atirar novamente, tanto que meu primeiro ato foi tirar as crianças dali", disse Iasmin, em entrevista ao UOL.
Após o policial efetuar os tiros, ele fugiu do local. Churros chegou a ser socorrido até uma clínica veterinária, mas não resistiu e morreu.
"Eu quero que a justiça seja feita. Infelizmente, não tem como trazer o Churros de volta, por causa do ato inconsequente, da falta de responsabilidade dele [PM], portando uma arma sem o menor psicológico pra isso, pela frieza e rápida atitude que teve. Ele deixou as crianças com o emocional super abalado, com medo, tristes e desoladas com a falta do nosso bebezão, que era a alegria da casa. Ele precisa pagar pelo que fez."