RMVale gerou apenas 12,4% dos empregos necessários para atender o aumento da população
Por Xandu Alves
São José dos Campos
14/08/2023 - Tempo de leitura: 1 min
Divulgação / Claudio Vieira / PMSJC
As regiões metropolitanas do Vale do Paraíba e de Campinas não geraram empregos formais suficientes para dar conta do aumento da população economicamente ativa desde 2014, quando estourou a crise econômica no país.
Isso num cenário de desemprego próximo de zero, o que é bem distante da realidade brasileira. O país viu a taxa de desemprego subiu a 11,3% no final do governo Dilma Rousseff (PT) e depois para 11,7% durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Criada em 2017 com a promessa de gerar milhões de empregos, a reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB) não deu conta de gerar postos de trabalho suficientes para dar conta da demanda. No governo dele, a taxa de desemprego chegou a 12,3%
A pandemia de Covid-19 e as crises política e econômica que se acentuaram ao longo do governo Bolsonaro agravaram a situação, provocando um aumento exponencial da informalidade no mercado de trabalho, cada vez menos consistente.
De acordo com levantamento de OVALE, com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a RMVale gerou apenas 12,4% dos empregos necessários para atender o aumento da população.
Crise econômica, pandemia e instabilidade política provocaram o fechamento de mais de 65 mil empregos formais na região desde 2014.
No mesmo período, foram criadas 75 mil novas vagas, com saldo positivo de 9.900 empregos, número insuficiente para atender a população economicamente ativa, que ganhou 79,8 mil pessoas em quase 10 anos.
Na RM Campinas o fosso foi menor, com o saldo de 63,5 mil empregos desde 2014, resultado que foi capaz de atender 42% das pessoas que entraram no mercado de trabalho nesse período.