26 de dezembro de 2024
INVESTIMENTOS

Campinas supera RM São Paulo e se torna região com mais investimentos em SP, diz Seade

Por Xandu Alves | Campinas
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Feira em Campinas

A região de Campinas superou a RM São Paulo e se tornou a de maior atração de investimentos neste ano no estado de São Paulo, com R$ 16,7 bilhões anunciados no primeiro semestre de 2023 contra R$ 9,086 bilhões para a metrópole paulistana. Os dados são da Fundação Seade.

No ano passado, segundo o Seade, a região administrativa de Campinas – formada por 90 cidades – registrou o volume de R$ 18,26 bilhões em investimentos anunciados contra R$ 28,15 bilhões da RM São Paulo, o que revela a relevância do primeiro lugar obtido pela região campineira neste ano.

RIQUEZA

"A região de Campinas se consolidou como a quinta maior do Brasil em PIB (R$ 195 bilhões), ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal/Entorno e Belo Horizonte", disse Gustavo Reis (MDB), prefeito de Jaguariúna e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas.

"Também está à frente de 21 outras regiões metropolitanas que têm capitais como sede. Portanto, os desafios são proporcionais à grandeza da região", completou.

Juntas, as regiões de Campinas e de São Paulo foram responsáveis por 56,5% do volume de investimentos anunciados nos seis primeiros meses em todo o estado, com R$ 25,78 bilhões de um total de R$ 45,61 bilhões.

EMPREENDIMENTOS

O impulso no investimento em Campinas neste ano foi o anúncio da instalação do campus de data centers em Paulínia, projeto da CloudHQ. Trata-se do primeiro hub de dados da companhia no Brasil.

A previsão é que sejam instalados data center e seis edifícios, em duas fases, com capacidade de carga de tecnologia da informação de 288 MW. O aporte de investimentos previsto é de R$ 15,60 bilhões.

A CloudHQ é uma empresa norte-americana especializada no desenvolvimento e na operação de data centers de hiperescala.

"Além de fortalecer a região de Campinas como um dos principais polos de tecnologia e inovação do país, com centros de pesquisa e universidades, o projeto vai gerar emprego e renda”, disse Rui Gomes Junior, presidente da InvestSP, que avaliou o projeto.

Com isso, o setor de serviços de informação foi responsável por 93,4% do total de investimentos anunciados para a região de Campinas no primeiro semestre, seguido da saúde (2,10%), construção (1,40%), educação (1,20%), pesquisa e desenvolvimento (0,65%) e outros (1%).

Paulínia lidera os investimentos com R$ 15,6 bilhões, com Campinas (R$ 696,26 milhões), Limeira (R$ 276 milhões) e Itupeva (R$ 85 milhões) na sequência dos investimentos.

REPERCUSSÃO

“A região de Campinas possui uma infraestrutura de transportes e logística importante e atrativa para as empresas. Na cidade de Campinas, além do investimento privado, o governo municipal tem realizado investimentos na melhoria da infraestrutura pública, com pavimentação e drenagem em diversos bairros e vias, construções de novas creches, equipamentos públicos e na rede de distribuição de água”, disse Adriana Flosi, secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Campinas.

“Diversos programas também estão em curso para atrair investimentos e empresas como a Lei de Inovação para atração de startups e negócios na área de tecnologia, o projeto de lei Procentro que prevê redução de impostos para empresas da área central e o programa de incentivos fiscais para quem quiser reformar imóveis nesta área”, completou.

A secretária também destacou o papel da municipalidade para o “desenvolvimento de projetos importantes para o progresso tecnológico e a inovação, como o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) e o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS)”.

“Importante ressaltar que o tempo de maturação dos investimentos é de longo prazo e de acordo com o Panorama de Investimentos de Campinas, produzido pelo Observatório PUC-Campinas, Campinas recebeu muitos investimentos na última década e se destaca entre os municípios do Estado.”