Bloqueio temporário decorre da possibilidade de estouro no teto federal de gastos, segundo ministérios do Planejamento e da Fazenda
Por Agência Brasil
Brasília
24/07/2023 - Tempo de leitura: 1 min
Divulgação / José Cruz / Agência Brasil
A possibilidade de estouro no teto federal de gastos fez o governo contingenciar mais R$ 1,5 bilhão do Orçamento Geral da União de 2023. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (21) pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda.
O valor consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento, publicado a cada dois meses.
Em maio, a equipe econômica havia contingenciado R$ 1,7 bilhão, o que eleva o total bloqueado este ano para R$ 3,2 bilhões, valor considerado baixo diante do valor total das despesas primárias, estimadas em R$ 1,948 trilhão para 2023.
Até o dia 31 de julho, o governo precisará editar um decreto detalhando a distribuição do novo contingenciamento entre os ministérios.
O bloqueio ocorre porque a estimativa de despesas primárias acima do teto de gastos aumentou no mesmo montante (R$ 1,5 bilhão).
Apesar da Emenda Constitucional da Transição, aprovada no fim do ano passado, na prática abolir as metas fiscais para 2023, o teto de gastos só deixará de valer quando o novo arcabouço fiscal foi aprovado pelo Congresso.
Segundo a secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, as projeções de receita devem melhorar nos próximos relatórios com a incorporação de medidas aprovadas, ou a serem aprovadas pelo Congresso, como o projeto que muda o sistema de votações no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e o novo arcabouço fiscal.