23 de novembro de 2024
IDEIAS

O que eu faço com o meu dinheiro

Por Filipe Rosa |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Agência Brasil

Posso dizer que tive a sorte de ter uma boa escola de finanças dentro da minha própria casa. Minha família sempre foi bem equilibrada na questão de custos e receitas mensais e o nosso padrão de vida sempre foi bem dimensionado para o momento em que estávamos. Eu posso dizer que tive desde o meu berço a melhor e mais importante lição de finanças que existe: nunca gaste mais do que você ganha.

Com o tempo, com os estudos e com vivência de mundo, isso foi se tornando cada vez mais parte de quem eu sou e essa lição, que é o centro gravitacional da minha vida financeira, foi se completando com conceitos satélite ao longo do tempo.

Hoje, um amigo próximo por quem tenho grande admiração, me perguntou como eu tomo minhas decisões financeiras. Acredito que para surpresa desse meu amigo, minha resposta não tem nenhum processo técnico! Minha resposta para ele foi:

  1. Não coloco meu dinheiro em nada que eu não saiba explicar como funciona. Não basta “entender” com alguém te explicando, pois isso causa uma falsa impressão de entendimento. É preciso que, sem auxílio externo, você seja capaz de explicar para quem não conhece do assunto, como seu funcionamento ocorre. Isso sim é entender de fato.

     
  2. Eu nunca invisto “de primeira”. Eu sempre busco alternativas, levanto cotações em concorrentes e procuro entender se de fato a opção que me foi apresentada é a melhor no mercado para a minha necessidade e para o meu bolso. Durante esse período de procura eu também entendo melhor sobre o assunto, ponderando prós e contras.

     
  3. Eu nunca coloco “todos os ovos na mesma cesta”. Porque, se a cesta cair no chão, eu tenho um problemão. E por “cesta” me refiro à raiz da questão. Se eu comprar dois carros, por exemplo, meus ovos ainda estão na mesma cesta, pois dois carros, mesmo que de modelos diferentes, podem apresentar os mesmos tipos de problema.

     
  4. Fluxo de caixa SEMPRE positivo. Eu sou um conservador, então se estamos falando de algo que seja preciso “alavancagem”, tomada de crédito e afins, eu quase sempre prefiro adiar o início do projeto e capitalizar mais, juntar mais dinheiro. Eu não gosto de ficar endividado (mesmo que de modo planejado e controlado). Isso é uma questão de autoconhecimento, um traço pessoal meu.

     
  5. Eu nunca faço nada tentando impressionar alguém. Ego e vaidade são péssimas companhias no processo de decisão financeira. Portanto, quando avalio comprar alguma coisa, eu avalio a funcionalidade daquilo para mim, nunca o “status” que seria obtido.

Está em outra galáxia qualquer pretensão minha em tornar esses passos regras para a sua tomada de decisões financeiras.

Reflita, busque conhecimento de qualidade e seja independente no seu processo de decisão.