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07 de maio de 2024

HABITAÇÃO

Justiça de São José faz inspeção na área do Banhado

Juíza do caso foi acompanhada de representantes da Defensoria Pública, da Secretaria Municipal de Apoio Jurídico, dos moradores e da Associação de Favelas

Por Débora Brito
16/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Débora Brito /OVALE

Técnicos da justiça e da Prefeitura realizam inspeção no Jardim Nova Esperança, bairro situado no Parque do Banhado

A juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de São José dos Campos, Laís Helena Jardim, participou nesta terça-feira (16) da inspeção realizada no Parque Natural do Banhado, para reconhecimento da área que é alvo de processo de desocupação. Ela foi acompanhada de representantes da Defensoria Pública, da Secretaria Municipal de Apoio Jurídico, dos moradores e da Associação de Favelas.

Na visita, técnicos da Prefeitura fizeram a medição topográfica do local para delimitar exatamente os limites do Parque e, assim, permitir a identificação precisa dos moradores que podem ser afetados pela remoção. A vereadora Amélia Naomi também participou da visita.

A Prefeitura de São José dos Campos pretende juntar ainda nesta terça-feira o material da medição topográfica que foi realizada no Parque Natural do Banhado aos autos do processo de desocupação da área. O mapeamento feito durante a inspeção judicial pelos técnicos da Secretaria de Obras foi o primeiro levantamento em solo desde a criação do parque, em 2012. Antes havia no processo apenas mapeamento feito de forma remota.

"A área do parque é de proteção integral. Não pode ter nada lá dentro. Tanto o Tribunal de Justiça quanto o Supremo Tribunal Federal deixaram isso muito claro. Não há especulação imobiliária por trás, porque essa decisão judicial já impossibilitaria”, disse o Secretário de Apoio Jurídico, Guilherme Bellini.

Após acordo firmado junto à Defensoria Pública e aos moradores, a Secretaria de Apoio Jurídico informou que as entrevistas para o cadastramento dos moradores já poderão ser realizadas a partir de amanhã. O cadastramento será realizado com formulário validado pela Defensoria Pública e na presença de servidores civis e moradores.

DIVERGÊNCIAS.

A juíza reiterou que a inspeção teve por objetivo conhecer melhor as residências e os núcleos familiares da área e espera que a visita tenha o efeito de apaziguar os ânimos para que o cadastramento ocorra sem transtornos e animosidade.

A partir da visita, a juíza também buscará esclarecer as informações relacionadas à presença de casas e famílias na área e que nortearam as decisões da Justiça até então. No agravo que baseou a autorização judicial para remover as casas consta que as edificações foram construídas após a criação do parque, mas as moradias já estavam na área. Após análise das provas, a informação poderá ser rebatida no processo.


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