Com 159 jatos entregues em 2022, Embraer tem maior volume de entregas desde 2019

A força no mercado.

A Embraer entregou 80 aeronaves no quarto trimestre de 2022, sendo 30 jatos comerciais e 50 executivas – 33 leves e 17 médias.

Trata-se do melhor resultado para o quarto trimestre desde o final de 2019, quando a Embraer entregou 81 jatos nos últimos três meses.

No ano passado inteiro, a companhia entregou 159 jatos, sendo 57 aeronaves comerciais e 102 executivas. Comparado a 2021, que terminou com 141 entregas, a Embraer aumentou em 12,7% o número total de aeronaves entregues. Em 31 de dezembro de 2022, a carteira de pedidos firmes da companhia totalizava US$ 17,5 bilhões.

Na comparação com o quarto trimestre de 2021, a Embraer entregou 45% a mais em aviões no ano passado, 80 contra 55.

Entre os destaques do quarto trimestre, a Embraer confirmou novo pedido de US$ 1,17 bilhão para 15 novos jatos E195-E2 a um cliente não revelado. Também confirmou um novo pedido firme da Binter, para cinco aeronaves E195-E2 -- US$ 389,4 milhões.

Em dezembro, a Porter Airlines, do Canadá, recebeu suas primeiras cinco unidades do E195-E2. A companhia tem um total de 50 pedidos firmes do E195-E2. Outro marco no quarto trimestre foi a entrega de três novas aeronave E190 à CIAF Leasing, empresa com sede na cidade do Cairo, no Egito.

Outro destaque foi a certificação do E190-E2 na China e dos E-Jets E2 (E195-E2 e E190-E2) no Canadá.

A Embraer entregou ainda 50 jatos executivos – 33 leves e 17 médios – no quatro trimestre de 2022, com as vendas seguindo movimento positivo, segundo a empresa. No ano, foram 102 jatos executivos -- 66 leves e 36 médios --, 9,6% acima dos 93 jatos de 2021.

FUTURO

Os números mais positivos de 2022 comparados aos anos anteriores ainda estão longe do desempenho da Embraer entre 2010 e 2008, quando bateu o recorde de entregas, com 244, 237 e 198 aeronaves. Em 2008, a empresa entregou a maior quantidade de jatos comerciais da história: 162 – 2,8 vezes mais aviões do que entregou em 2022.

Segundo o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, os números do passado servem de inspiração para o futuro.

“Temos expectativa de crescimento para os próximos anos, de voltar aos três dígitos de entregas, alguma coisa pouco acima de 100 aeronaves por ano, mas seria muito otimismo esperar a volta desse desempenho no curto prazo”, disse.

ÍNDIA E CHINA

A Embraer coloca os dois países mais populosos do planeta como mercados promissores. Na China, a fabricante vem certificando seus jatos comerciais e ampliando as campanhas de venda.

“O mercado chinês é super relevante para a aviação nos próximos anos e participar dele é uma das nossas metas de crescimento”, disse o CEO Francisco Gomes Neto.

Na Índia, a Embraer mira a concorrência de 40 a 80 aviões de carga, com o C-390 bem posicionado na disputa. “Estamos trabalhando nesse mercado para explorar a oportunidade, comercial e militar”.