A exportação de aeronaves decolou – sem pleonasmo.
Nos últimos quatro anos, a venda de aviões do Vale do Paraíba para o exterior havia caído 40% na comparação com o mesmo período anterior.
A pandemia do novo coronavírus impactou ferozmente o mercado mundial de aviação e atingiu, em cheio, as companhias aéreas e as produtoras de aeronaves, como a Embraer, a terceira maior fabricante do mundo.
São José dos Campos é responsável por praticamente 60% das exportações de aviões do país e quase 100% na RMVale, região cujo volume exportado de aeronaves caiu de US$ 14,2 bilhões entre 2015 e 2018 para US$ 8,47 bilhões nos quatro anos seguintes.
Com a resposta mais positiva do mercado, a exportação de aviões deu um salto de 172% no primeiro bimestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado. Foram vendidos US$ 223,5 milhões contra US$ 82,1 milhões.
O resultado repercutiu positivamente nas exportações totais de São José dos Campos, que cresceram 55% neste começo de ano, com US$ 327,3 milhões ante US$ 210,6 milhões de janeiro a fevereiro de 2022.
A participação da RMVale na exportação de aeronaves no estado de São Paulo cresceu 17,5% em 2023, passando de 70,9% no primeiro bimestre de 2022 para 83% em janeiro e fevereiro.
A exportação de obras de ferro e aço também ganhou projeção nesse ano, com um aumento 398% na RMVale – US$ 113 milhões contra US$ 22,6 milhões. A produção é dominada por empresas sediadas em Pindamonhangaba.
Com isso, os produtos feitos no Vale tiveram um crescimento de 96% na participação da exportação paulista de ferro e aço, passando de 33,6% para 66%.
Na contramão, a venda de petróleo bruto caiu na RMVale neste começo de ano. O recuo foi de 26,8% e a região exportou US$ 901,4 milhões no primeiro bimestre contra US$ 1,23 bilhão no começo de 2022.
Isso fez com que a participação do Vale na exportação paulista de petróleo caísse 20%, de 76,% e 2022 para 61% em 2023.
CAMPINAS
Na região de Campinas, o petróleo bruto tomou o caminho inverso e aumentou a exportação em 390%, passando de US$ 12,9 milhões em 2022 para US$ 63,7 milhões nos dois primeiros meses desse ano. A presença na balança paulista do petróleo cresceu de 0,81% para 4,3%. Campinas e Paulínia são as duas principais exportadoras de petróleo na região.
Reatores, caldeiras e máquinas são os produtos mais exportados pela RMC e tiveram aumento de 23,8% nas vendas nesse ano, com US$ 181,6 milhões contra US$ 146,6 milhões. Neste caso, porém, a participação na exportação paulista caiu de 16,5% para 15,7%.