A cobrança de TPA (Taxa de Proteção Ambiental) para turistas que visitam Ubatuba, desde esta quarta-feira (8), gera expectativa de aumento de movimento nas demais cidades do Litoral Norte, Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela.
Afinal de contas, com diárias que partem de R$ 3,50 para motos, R$ 13 para carros e chegam a R$ 92 para ônibus, pode causar uma migração de turistas para as cidades vizinhas.
Atualmente, Caraguatatuba não tem cobrança de taxa e, segundo a prefeitura, não há nenhuma possibilidade desse tipo de cobrança. Atualmente, já existem dois pedágios na Rodovia dos Tamoios, que liga São José dos Campos a Caraguá.
Em São Sebastião, OVALE também procurou a prefeitura para falar sobre essa possibilidade, mas ainda não houve retorno. No entanto, a reportagem já apurou que, por lá, também não há nenhum projeto neste sentido.
Enquanto isso, Ilhabela, que anteriormente cobrava uma taxa ambiental na saída da cidade, teve a cobrança suspensa. Mas há a possibilidade de voltar. No entanto, ao contrário de Ubatuba, não se cobrará diárias, mas uma taxa única, além do valor da balsa, para entrar na cidade.
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“A licitação para contratação de uma nova empresa para o retorno da TPA foi suspensa por liminar da Justiça em 29 de dezembro de 2021. Somente em 13 de janeiro de 2023 a Justiça decidiu e determinou pequenas alterações no Edital. Em breve a licitação deverá ser retomada”, disse a prefeitura de Ilhabela a OVALE.
NA ESPERA.
Quanto a um possível aumento no fluxo de turistas nestas cidades, por conta da taxa ambiental em Ubatuba, o comércio e o turismo ainda veem isso com cautela. Inclusive, Yuri Costa Bellato, presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Caraguatatuba, disse a OVALE que a taxa tem um lado positivo e negativo.
“Entendo que a Taxa de Preservação Ambiental tenha duas vertentes. Uma é a de contribuir, sim, com a preservação. Mas vejo também que pode ser uma forma do turista cooperar para que a cidade se mantenha cada vez melhor”, disse.
“Com relação à escolha do destino, acredito que ainda é muito cedo para avaliarmos qual será o impacto no comércio”, afirmou Bellato.
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