Parentes e amigos do joseense Décio de Castro Santos Júnior, de 23 anos, buscam informações sobre o paradeiro do jovem, que saiu de casa, na zona sul de São José dos Campos, e não foi mais visto desde a tarde do último dia 18 de janeiro. A Polícia Civil investiga o caso.
Décio sumiu apenas com a roupa do corpo e o celular. Segundo a família, ele é dependente químico e faz tratamento contra a depressão.
O último rastro deixado pelo desaparecido, um status no aplicativo WhatsApp, indicava que ele poderia ter se dirigido para Ubatuba. O rapaz, porém, não tinha conhecidos na cidade do litoral.
OVALE conversou com Sueli Leme, mãe de Décio, e obteve mais detalhes sobre a ocorrência.
Sueli explica que, na manhã do dia em que sumiu, o filho e ela tomaram café da manhã juntos. Décio aparentava estar bem, apesar dos problemas psicológicos -- ele é paciente do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de São José.
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"Fui trabalhar. Várias vezes ele me ligou para saber se eu ia demorar... É dependente meu, não gosta de ficar sozinho e liga várias vezes", explicou Sueli sobre a relação de muita proximidade entre os dois.
A mãe atendeu algumas das ligações para conversar com o filho. Em algumas delas, a mulher percebeu que ele havia começado a consumir bebida alcóolica e, possivelmente, drogas.
De noite, ao chegar em casa, na Vila Luchetti, Sueli não encontrou ninguém. Ela ligou para Décio e também fez uma ronda por adegas próximas, mas não obteve nenhuma resposta. Como o jovem costumava sair bastante, o sumiço não foi encarado com tanta estranheza, apesar do desconforto em relação a falta de aviso prévio.
"Quando foi uma hora da manhã ele me ligou, mas eu não escutei. Ele ligou várias vezes, ele é muito insistente", pontuou Sueli. "Eu acordei depois da meia-noite, já na quinta-feira [dia 19], e vi que ele postou um status às três horas da manhã escrito: 'Partiu Ubatuba!'. Eu chamei de novo, mas ninguém atendeu o celular", complementou.
A mãe do desaparecido informou sobre não saber de ninguém que Décio tenha contato em Ubatuba. A suspeita da família é de que ele tenha conhecido alguém enquanto estava em uma 'bebedeira'. Crendo na volta do filho, Sueli aguardou o retorno sem acionar a polícia. Um boletim de ocorrência foi lavrado sobre o caso apenas no dia 24.
"Ele nunca deixa de falar comigo, ele usa orelhão, ele pede para as pessoas me ligar, e tudo que ele faz, ele posta. Então esse silêncio é muito estranho", explicou.
A mãe revela também o receio de que o filho, que é homossexual, esteja sendo privado de liberdade e/ou de entrar em contato com a família por estar sob poder de algum parceiro. Informações devem ser levadas à polícia através do número 190.
SAÚDE MENTAL.
Com alta em casos de desaparecimentos e em suicídios, a RMVale está com um sinal vermelho acionado para a importância da saúde mental, principalmente com relação a jovens em situação de vulnerabilidade psicológica.
O caso de desaparecimento do universitário Leonardo do Prado Moreno foi essencial para repercutir o tema. Léo saiu de casa, na zona norte de São José, no dia 23 de dezembro de 2022 e teve o corpo localizado no Parque da Cidade neste dia 21 de janeiro.
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O 'caso Leonardo' teve holofotes da mídia regional e também nacional. Nesta terça-feira (31), Léo estaria completando 23 anos de vida.
Combate ao Suicídio: O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. O telefone é 188 e o site é o www.cvv.org.br.