15 de dezembro de 2025
RECORDE

Com 22 anos e morador de Taubaté, Juca disputa o título de cão mais velho da América

Por Thais Perez | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
OVALE
Arquivo Pessoal
Juca vive de mimos de seus tutores

Uma ‘bolinha de pelos safada’ de Taubaté, como é descrita pelos seus tutores, está perto de conquistar um recorde. Juca, um cachorro senhorzinho de 22 anos, está na disputa para ser considerado o cão mais velho da América ainda vivo.

Juca está inscrito no livro Guinness de recordes e seu caso está sendo analisado. Nesta semana, contudo, o cãozinho Spike, dos Estados Unidos, de 23 anos, levou o título do cão mais velho do mundo ainda vivo. Todavia, Juca ainda está na disputa pelo título sul-americano.

A história de Juca com seus tutores, Claudia Valéria de Castro e Mário Jefferson Leite, começa com a mãe dele. Há 22 anos, a pet do casal teve uma ninhada com vários filhotes pretos, sendo Juca o único amarelo. A família doou os filhotes para diversas pessoas e Juca foi devolvido, voltando para a casa de Claudia.

“Ele era muito esperto, brincalhão, amarelinho, diferente, né? Aí, as crianças quiseram ficar com ele”, conta a tutora. O nascimento de Juca, um SRD (Sem Raça Definida), foi no dia 14 de julho de 2000.

Para registrar o recorde, Juca está passando por uma série de exames médicos para comprovar sua idade avançada. O cão que viveu mais tempo, segundo o Guinness Book Records, se chamava Bluey e chegou aos incríveis 29 anos, cinco meses e sete dias. Bluey, que era australiano, viveu entre 1910 a 1939 e morava em uma fazenda na cidade de Rochester, na Austrália, onde pastoreou rebanhos de gado por mais de 20 anos.

HISTÓRIA.
Assim como Juca, sua mãe também foi uma idosa longeva. Morreu aos 21 anos e até o fim da vida, aproveitou a companhia de seu filho. “Os dois eram ótimos em caçar, gostavam de ficar atrás dos morceguinhos de fruta que ficam nas árvores”, diz Claudia.

Com mais de 100 anos correspondentes à vida humana, Juca é um “senhorzinho” já debilitado, com Alzheimer e cego dos dois olhos. “Passeamos todos os dias. Quando ele está mais animado, ainda corre e dá uns pulinhos. Fazemos todas as vontades dele”, diz a tutora.

Apesar a experiência e anos de vida, Juca é tratado como o “bebê” de casa. É levado para o trabalho de seus tutores todos os dias e vai para onde eles forem. “Temos todo o cuidado possível com ele, por ele ser idoso”, explica Claudia.

Enquanto dava a entrevista, Juca estava deitado ao seu lado. “Ele sabe que estou falando dele. É uma bolinha de pelos safada”.