16 de dezembro de 2025
GOLPISTA

Joseense presa em Brasília é apontada como financiadora de atos golpistas

Por Thais Perez | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
OVALE
Valter Campanato/Agência Brasil
Bens bloqueados de acusados devem ser usados para reparar estragos

Uma mulher de São José dos Campos é apontada como uma das financiadoras dos atos golpistas que destruíram o patrimônio público nos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8). A AGU (Advocacia-Geral da União) divulgou nesta quinta-feira com 52 nomes de pessoas que teriam financiado o transporte de pessoas até a capital para participar do ataque. Ela foi detida pela Polícia Federal.

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Na lista, está Alethea Veruska Soares, além de outras pessoas apontadas como organizadoras do ato. De acordo com o jornal O GLOBO, todas elas tiveram seus bens bloqueados, que somam R$ 6.539.100. O valor deve ser utilizado para reparar os estragos feitos pelo grupo nos prédios públicos.

Alethea Veruska é MEI (Micro Empreendedora Individual) sob o nome fantasia de 'Veruska Hair', que tem endereço em Jacareí. De acordo com o registro de seu CNPJ, ela oferece serviços de cabeleireira. Em sua conta no Instagram, ela postou vídeo de um acampamento bolsonarista em Brasília.

No dia 9 de dezembro, ela aparece em uma foto dentro de um ônibus, com a legenda "Estamos chegando presidente, vamos resolver essas paradas aí...". Antes dessa data, ela aparece no acampamento bolsonarista em frente ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos. Ela também publicou um chamamento para o ato nos dias 7 e 8 de janeiro. A reportagem tenta contato com defesa de Alethea e até o momento, não obteve resposta.

RESPONSABILIZAÇÃO.
A AGU também solicitou que sejam apreendidas armas de fogo em nome dos envolvidos, a restrição para venda de veículos, além da decretação de indisponibilidade de imóveis rurais e urbanos e de embarcações e aeronaves. O documento afirma que, ao pagar pelo deslocamento de manifestantes, os acusados "no mínimo assumiram o risco pela prática dos atos ocorridos e pelos danos que deles derivaram, cometendo atos ilícitos".

O órgão também argumenta que essas pessoas "tiveram papel decisivo" nos acontecimentos de domingo e que por isso "devem responder pelos danos causados ao patrimônio público". Para chegar aos financiadores, a AGU se baseou inicialmente em uma lista de ônibus que foram fretados para deslocamento para o Distrito Federal no último fim de semana.