03 de outubro de 2024
SEGURANÇA

Atividade Delegada atua em Taubaté com apenas 16% do efetivo máximo previsto no convênio

Por Da Redação | Taubaté
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Divulgação/PMT
Atividade Delegada foi implantada em Taubaté em 2013

Um balanço feito pela Prefeitura de Taubaté aponta que o programa Atividade Delegada tem sido executado com o preenchimento de apenas 16,86% do efetivo possível.

Pelo convênio firmado entre Prefeitura e Polícia Militar, até 150 PMs podem atuar diariamente no programa. No entanto, de janeiro a novembro do ano passado, a média diária foi de 25 policiais.

Os dados foram informados pela Prefeitura à Câmara, em resposta a um requerimento do vereador Paulo Miranda (MDB). Segundo o balanço, 8.447 policiais atuaram nos primeiros 11 meses de 2022. Como cada equipe é composta por dois PMs, isso quer dizer que, a cada dia, de 12 a 13 viaturas da Atividade Delegada reforçaram a segurança na cidade, em média.

"A adesão para a realização da Atividade Delegada é voluntária, sendo certo que em determinados dias da semana essa adesão é muito baixa, a exemplo do que ocorre nos finais de semana e alguns feriados", alegou a Secretaria de Segurança Pública na resposta à Câmara.

Em novembro de 2022, o governo José Saud (MDB) chegou a comunicar à PM que iria suspender o programa, devido à falta de recursos financeiros. No entanto, após a repercussão negativa da medida, a Atividade Delegada foi retomada.

Para o ano passado, o orçamento previsto para o programa era de R$ 4,2 milhões. O gasto, porém, teria sido de R$ 5,2 milhões.

EFETIVO.
A Atividade Delegada foi implantada no município pelo governo Ortiz Junior (PSDB) em julho de 2013, com 50 vagas. No mês seguinte, passou para 100. Em novembro daquele ano, para 150.

Desde o fim de 2015, no entanto, o efetivo sofreu uma redução drástica. O motivo: corte de gastos. Também naquela época a jornada passou de 8h para 6h. Em 2016, por exemplo, a média diária era de 90 policiais nas ruas. Em 2017, de 76.

O programa foi ainda mais esvaziado a partir de junho de 2020, quando a GCM (Guarda Civil Municipal) passou a utilizar arma de fogo.